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Flora e Gilberto Gil no lançamento do livro do cantor, no Rio

Gilberto Gil lançou sua biografia, “Gilberto Bem Perto”, essa segunda-feira na Travessa de Ipanema, no Rio, com uma fila de autógrafos quilométrica, por onde passaram Caetano Veloso, Vanessa da Mata, Cacá Diegues, Carolina Dieckmann e Preta Gil, para citar alguns. Glamurama conseguiu uma brechinha entre uma dedicatória e outra para um papo com o anfitrião. “Não sou um bom contador de histórias. Não tenho boa memória, não sou detalhista, nem espirituoso. Tenho apenas nuvens esparsas sobre períodos importantes. Tive uma conversa afetiva de carga emocional muito grande com a Regina Zappa [coautora]. Foi um prazer, depois de 70 anos, repassar situações dramáticas e traumáticas e ver que, apesar delas, no geral minha vida foi amena. E 99 por cento das pessoas têm amarguras, além das coisas doces. A velhice coloca a vida e a morte em perspectiva.”

* “Os três meses na prisão, em 1969, e ter passado pela ditadura, aquela angústia e expectativa negativa, isso com certeza foi o mais amargo. Agora, de momento doce tenho um pomar inteiro.” Será que o livro vai inspirar um filme? “Não acredito. Sou uma pessoal normal e não acho que minha biografia seja tão importante ou curiosa. O cinema precisa de pirotecnias existenciais e reviravoltas e tudo sobre mim já é tão sabido e compartilhado… Não acho que dou um bom roteiro, não”, disse o músico, sempre o cúmulo da modéstia, tomando um chá verde quentinho.  Vem ver tudo que rolou por lá na nossa galeria de fotos!

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