Angelina Jolie, conhecida por sua carreira de sucesso e papéis desafiadores, comentou recentemente sobre a possibilidade de conquistar um Oscar por sua interpretação da lendária soprano Maria Callas. No filme Maria, dirigido por Pablo Larraín, Jolie vive a cantora de ópera com uma intensidade que vem sendo elogiada por público e crítica. A expectativa por uma indicação ao Oscar é alta, mas a atriz garante que o verdadeiro prêmio já foi conquistado ao se aprofundar na vida e na arte de Callas.
Em entrevista, Jolie revelou que interpretar Maria Callas trouxe uma experiência única, algo que, para ela, vai além de qualquer reconhecimento formal. “É emocionante que as pessoas estejam apreciando o trabalho”, disse a atriz. “Mas, sinceramente, já me sinto recompensada por termos conseguido realizar este filme. Apenas conseguir contar a história de uma mulher tão complexa e talentosa já foi um presente.”
Vencedora de um Oscar por Garota, Interrompida (1999), Jolie destaca que o papel de Callas demandou não apenas habilidade técnica, mas também um profundo comprometimento emocional. Para encarnar a diva, a atriz precisou mergulhar nos detalhes da ópera, estudando canto e incorporando a intensidade de Callas. Jolie explicou que esse processo exigiu uma transformação pessoal: “Foi mais do que entender a técnica; foi encontrar minha própria voz, aprender a me expressar de uma maneira mais plena.”
Jolie compartilhou ainda que a abordagem de Larraín trouxe um aspecto desafiador, pois ele esperava que ela realmente cantasse e compreendesse a fundo o universo operístico. Esse mergulho, segundo ela, revelou camadas emocionais inesperadas e a fez descobrir novas facetas de si mesma. Para a atriz, o papel não foi apenas um trabalho, mas uma vivência pessoal que a levou a repensar sua própria relação com a arte.
O filme Maria, com estreia prevista para janeiro de 2025 no Brasil, aborda as últimas semanas de vida de Callas, uma fase marcada por desafios de saúde e pela introspecção. Callas faleceu aos 53 anos, vítima de um ataque cardíaco, e uma autópsia revelou uma condição degenerativa que enfraquecia seu coração e corpo. Jolie considera que retratar essa fase da vida de uma figura tão admirada foi uma oportunidade rara, e vê a resposta do público como a melhor recompensa.
Para a atriz, qualquer possível prêmio será apenas um bônus. Ela afirma que o mais importante foi a chance de trazer à vida a história de uma mulher cuja voz e paixão pela música inspiraram gerações.
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