As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Sociais, desempenham um papel vital em nosso mundo contemporâneo, preenchendo lacunas e atendendo necessidades que muitas vezes são negligenciadas pelo governo ou pelo setor privado. Sua importância reside em diversos aspectos que impactam positivamente comunidades locais, nações e até mesmo a sociedade global como um todo.
Também desempenham um papel crucial na defesa dos direitos humanos. Seja combatendo a discriminação, a injustiça social, a violência de gênero ou a exploração infantil, as Instituições são agentes de mudança na busca por um mundo mais justo e igualitário.
E no Top 10 desta semana, selecionamos as dez instituições e seus representantes que têm feito a diferença no Brasil e têm sido a voz das minorias.
Amigos do Bem – Alcione Albanesi
A ONG Amigos do Bem iniciou seu trabalho em 1993, com um pequeno grupo de amigos, liderado por Alcione Albanesi e atualmente é um dos maiores projetos sociais do país que atende mais de 150 mil pessoas no sertão de Alagoas, de Pernambuco e do Ceará.
A instituição sem fins lucrativos desenvolve projetos educacionais, de geração de trabalho e renda, água, saúde e moradia no sertão do Nordeste brasileiro, promovendo, desde 1993, desenvolvimento local e inclusão social junto às populações em situação de extrema pobreza e miséria.
Casa Ninho – Dra Célia Beatriz Gianotti Antoneli e Alois Bianchi
A Casa Ninho nasceu em 1994 e tem como missão abrigar em seu ninho as famílias que necessitam de suporte para enfrentar o tratamento contra o câncer infanto-juvenil. À frente da instituição sem fins lucrativos, está o diretor presidente, Alois Bianchi e a diretora científica Célia Beatriz Gianotti Antoneli.
“ A casa nasceu a partir do sonho de um grupo de pessoas que entenderam a necessidade de acolhida para crianças e adolescentes carentes de todo o país, que necessitam de tratamento oncológico”, conta Bianchi. A casa tem ambientes que proporcionam atividades que acontecem diariamente e se mantém com as doações e todo apoio de instituições parceiras e fazem do local um verdadeiro ninho onde as famílias têm todo o suporte que necessitam para enfrentar o tratamento contra o câncer de seus entes queridos.
Credipaz – Lorian Von Furstenberg e Maria Zilda Araujo
Fundada em 2009, a CrediPaz é uma organização de microcrédito sem fins lucrativos que ajuda comunidades carentes do Brasil. Inspirada no Grameen Bank do Professor Yunus – vencedor do Prêmio Nobel da Paz – a CrediPaz busca multiplicar os recursos doados.
A instituição tem como missão apoiar e promover oportunidade e dignidade, multiplicando recursos doados e unindo pessoas que podem impactar diretamente na vida de uma família. A CrediPaz atende mais de 180 comunidades da grande São Paulo e tem projetos de expandir para o restante do país, com desdobramentos no Piauí e em Fortaleza, entre outros no Nordeste.
Instituto Velho Amigo – Regina Moraes
Regina Moraes é fundadora e presidente do Velho Amigo, instituto que há quase 25 anos trabalha pela longevidade ativa e saudável, assegurando direitos essenciais das pessoas idosas, como autonomia, inclusão, convivência, saúde e bem-estar.
“Somos uma organização sem fins lucrativos e em nossa caminhada já beneficiamos mais de 30.000 pessoas idosas por meio de programas de desenvolvimento institucional, e programas de apoio voltados a famílias e a essa população”, explica Regina.
A atuação do Instituto está alinhada à proposta da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, dando ênfase aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável voltados à Saúde e Bem-Estar e Redução das Desigualdades Sociais.
Com a sua trajetória, o Velho Amigo contribui de maneira efetiva com a esfera social no que se refere a pauta ESG (Environmental, Social and Governance) por ter como propósitos a garantia dos direitos da pessoa idosa, a cultura da inclusão do idoso e a construção de uma sociedade mais empática, sensível, consciente e engajada com a causa do envelhecimento ativo e saudável.
Obra do Berço – Vera Helena Mendonça Pires Oliveira Dias
A empresária Vera Helena Mendonça Pires Oliveira Dias, está à frente da ONG Obra do Berço”, uma organização sem fins lucrativos que ajuda mais de 4 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. A história da ONG começou em 1983, quando Mére Amedée, Superiora do Colégio Nossa Senhora de Sion, a criou com o objetivo de suprir as necessidades imediatas de mulheres grávidas para a criação de seus recém-nascidos.
Hoje, anos depois exerce os trabalhos em diversas frentes, como no trabalho social, voltado à família como em ações sócio assistenciais de acolhimento e escuta qualificada, reuniões socioeducativas, participação em atividades nas unidades de atendimentos, visitas domiciliares e ações na comunidade.
ONG Florescer – Nádia Bacchi
Fundada por Nádia Bacchi, a ONG Florescer é uma instituição sem fins lucrativos e tem como objetivo favorecer de forma social com a comunidade de Paraisópolis, contribuindo com a educação, lazer e cultura. Os cursos implementados visam a inclusão social das crianças e jovens promovendo acessos às novas tecnologias. “A ONG Florescer é o único ponto de referência da comunidade local, apesar das associações de moradores, igrejas e escolas. Nossas crianças passaram a contar com um espaço fixo para suas aulas, onde recebem reforço escolar, música, inglês, artes plásticas e ballet”, conta Nádia.
Outro projeto bastante conhecido pela ONG é o Projeto Recicla Jeans, também idealizado por Nadia e, que consiste na criação e confecção de peças e acessórios a partir da reciclagem de jeans e resíduos têxteis.
ONG Hospital do Amor – Dr. Henrique Prata
Em março de 1962, no centro da cidade de Barretos, no interior de São Paulo, um hospital geral recebia a população da região, que viajava centenas de quilômetros para buscar tratamento oncológico, Devido a isso, um pequeno centro de saúde, na época com pouco mais de 2 mil metros quadrados, começou a receber muitos desses pacientes.
Devido à grande demanda de pacientes e ao velho e pequeno hospital não comportar todo crescimento, Dr. Paulo Prata, idealizador e fundador, recebeu a doação de uma área na periferia da cidade e propôs a construção de um novo Hospital que pudesse responder às crescentes necessidades. Anos depois, Henrique Prata, filho do casal de médicos fundadores do hospital, abraça a ideia do pai e com a ajuda de fazendeiros da cidade e da região realiza mais uma parte do projeto.
Em novembro de 2017, a instituição assumiu como nome “Hospital de Amor” e hoje é reconhecida pela excelência no atendimento médico hospitalar, através de ações humanizadoras, constante aperfeiçoamento técnico e profissional, divulgação científica do ensino e pesquisa
ONG Orientavida – Celest Chad
Fundada Celest Chad há 24 anos, a ONG Orientavida promove o desenvolvimento social e econômico de mulheres em situação de vulnerabilidade social, através da capacitação profissional gratuita e geração de renda a fim de fortalecê-las, incluí-las e torná-las autônomas e livres.
“Graças a todas essas pessoas, que dedicaram parte de suas vidas para a nossa missão, que chegamos até aqui. Mas ainda temos uma longa estrada pela frente, muito aprendizado e que a cada dia possamos fazer melhor!!”, conta Celest.
As mulheres, residentes na região do Vale do Paraíba. em especial em Potim/SP, e reeducandas na Penitenciaria feminina de Tremembé/SP recebem capacitação e produzem peças de artesanato, mediante demanda de parceiros. Dentre as parcerias está a produção de peças para mobílias e projetos dos Irmãos Campana e marcas como lguatemi São Paulo, Tigresse, Água de Coco, Arezzo, Disney e NBC Universal, além de diversas outras empresas, para as quais produzem peças feitas à mão.
Pacto Contra a Fome – Geyze Diniz
A economista Geyze Diniz é cofundadora e presidente do Conselho na ONG Pacto Contra a Fome, um movimento suprapartidário e multissetorial que tem como propósito contribuir no combate à fome e na redução do desperdício de alimentos no Brasil. “Temos como visão chegar em 2030 sem nenhuma pessoa com fome no país e, em 2040, com toda a nossa população bem alimentada. Afinal, o acesso à alimentação é um direito constitucional”, explica Geyze.
A ONG nasceu por sentimento comum: a inconformidade com a fome no país. A economista ainda complementa: “Devemos entender que todos somos parte do problema e que, só juntos, poderemos encontrar a solução. Empresas, governo, sociedade civil organizada e cidadãos. Todos nós temos um papel no enfrentamento da fome e do desperdício. E precisamos agir de forma coordenada. Atuamos por meio da articulação e da inteligência, construindo sinergias entre o governo, o setor privado e a sociedade civil para realizar uma mudança estrutural e permanente. Com fome não dá!”, finaliza Geyze.
Unibes – Liora Steinberg Alcalay
A história da Unibes (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social), que hoje é presidida por Liora Steinberg Alcalay, começa em 1915, na cidade de São Paulo, em um período em que diversas entidades organizavam-se para auxiliar famílias da comunidade judaica recém-chegadas à capital paulista em decorrência da 1ª e 2ª Guerra Mundial. Uma rede de proteção social foi criada por voluntários, que ajudaram a cuidar, com um grande senso de solidariedade, dos problemas enfrentados pelos imigrantes. Com o passar dos anos e de acordo com as novas realidades sociais, uma trajetória de bem-sucedidas fusões e parcerias de trabalho ampliaram estes trabalhos assistenciais.
Hoje, 108 anos depois, a Unibes mantém preservados os princípios e valores dessas entidades, fundamentados na justiça social, e orgulha-se de ser uma das instituições mais respeitadas do terceiro setor, reconhecida nos setores público e privado por sua credibilidade, eficiência e transparência.
O público atendido pela Unibes é formado por crianças, jovens, famílias e idosos em situação de vulnerabilidade social. Hoje, são feitos mais de 22 mil atendimentos anuais pela Instituição em diferentes programas nas áreas de inclusão social, apoio à educação, capacitação profissional, cultura e qualidade de vida, com o propósito de ajudar a desenvolver a autonomia dos assistidos em todas as fases da vida, para que se tornem os protagonistas de suas histórias.