“Cala a boca, rapaz” é uma das expressões que Vincent Cassel aprendeu com os brasileiros e costuma usar. “Se Deus quiser” também… Mas uma das preferidas é “caraca”. Se alguém lhe pergunta se está tudo bem, a resposta é: “Tranquilo”. O francês, mais um na leva de artistas fugindo dos impostos de seu país natal, está só há quatro meses como residente no Rio, mas frequenta a cidade muito antes de comprar seu apartamento no Arpoador. “Há 25 anos, mas ainda tenho sotaque. Depois de dois chopes, melhora.” Glamurama bateu um papo com o ator em Copacabana e, além de descobrir toda essa fluência na nossa língua, com as gírias e tudo mais, acabou ouvindo um desabafo. “Percebi que aqui tem uma parte da sociedade que é superfofoqueira e só fala besteira sem importância. Mesmo com coisas dramáticas acontecendo todo dia, há essa desconexão total com a realidade do país.”
* Faria uma novela no Brasil? “O dinheiro aqui está na TV, mas… Gosto muito do Cauã Reymond, por exemplo, um cara superlegal com quem trabalhei no filme ‘À Deriva’, mas ele não pode caminhar na rua. Pra mim, a liberdade é mais importante que tudo. Fazer novela e ficar famoso assim, isolado do mundo? Famoso pra ficar sozinho em um Land Rover? Não quero isso.”
- Neste artigo:
- Arpoador,
- Cauã Reymond,
- Rio de Janeiro,
- vincent cassel,