Tributo a Maria Callas, a diva da ópera

Tributo à diva Maria Callas, que completaria 100 anos hoje, 2 de dezembro. Com um timbre único e emblemático, sua voz a consagrou como a maior soprano da história do estilo lírico e a intérprete operística mais famosa do século XX.

Nascida em Nova York em 1923, Cecília Sofia Anna Maria Kalogeropoulos, filha de imigrantes gregos, mostrou desde cedo seu talento para o canto. Aos 13 anos, mudou-se para Atenas para estudar com a notável soprano Elvira de Hidalgo. Aclamada pela poderosa voz de soprano, não demorou para se apresentar em diversos palcos ao redor do mundo, incluindo o Teatro Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo em 1951

Além de sua notável carreira artística, Maria Callas também teve uma vida pessoal extraordinária. Um verdadeiro drama teatral repleto de conflitos, excentricidades e desilusões que se estendeu desde sua infância até a vida adulta, chegando ao fim apenas com seu último suspiro. Como ela costumava dizer: “Mal compreendida, odiada, atacada. O mundo está cheio de injustiças!”

Callas e o magnata grego Aristóteles Onassis viveram uma paixão intensa e polêmica por quase uma década. Callas, que era casada com seu empresário Giovanni Meneghini, se divorciou, abandonou sua carreira na ópera e renunciou à cidadania americana para viver com ele como uma autêntica grega.

Ela não imaginava que descobriria pelos jornais que o homem de sua vida a estava traindo e planejava se casar com Jackie Kennedy, a famosa viúva do presidente americano John F. Kennedy. Obcecado pelos holofotes, Onassis desejava aproveitar a fama de Jackie, que concordou prontamente, pois também se beneficiaria de sua fortuna bilionária e da proteção oferecida na Ilha de Skorpios.

Sete anos depois, Onassis, arrependido, procurou por Callas. Embora já o tivesse perdoado, o tempo que passaram juntos não foi tão longo. Doente e em processo de separação de Jackie, que fez de tudo para separá-los, o magnata acabou falecendo em 15 de março de 1975.

Callas mergulhou em depressão profunda e, dois anos depois, reclusa, faleceu vítima de parada cardíaca em 16 de setembro de 1977 aos 53 anos. Em 2010, a causa da morte da cantora foi revelada como consequência de uma doença degenerativa que afetou seus músculos, incluindo o coração.