Os irritadinhos de plantão têm um espaço para chamar de seu em São Paulo e extravasar toda a raiva acumulada: a Rage Room, ou ‘sala da raiva’. Inaugurada em 2021, é um lugar onde as pessoas podem literalmente quebrar tudo para aliviar o stress – com direito a machado, taco de baseball ou até martelo! Ali, televisões de tubo, micro-ondas, discos de vinil e até mesmo instrumentos musicais ficam à disposição dos usuários para serem totalmente destruídos.
Localizada atualmente no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, a casa rapidamente ganhou fama nas redes sociais. A ideia partiu dos irmãos e sócios Vanderlei e Vitor Rodrigues, que se inspiraram nos quartos de raiva que viraram febre no Japão em 2008. Com a chegada da pandemia, os irmãos acharam que o modelo de negócio seria interessante para ajudar aqueles que não tinham como liberar a raiva, presos pelo lockdown.
A casa foi aberta inicialmente na Cidade Tiradentes, em 2021, e conquistou o coração dos paulistanos. Vale lembrar que este tipo de entretenimento não é uma apologia à violência, mas sim uma forma de aliviar o estresse e se divertir ao mesmo tempo.
Ao GLMRM, Vanderlei revelou que, atualmente, de 200 a 250 pessoas dão uma passadinha no local todos os meses, sendo que 90% desse número é composto apenas por mulheres. Para dar início à terapia inusitada, é preciso desembolsar R$ 25 para a entrada, mais um valor que varia de acordo com o que o cliente quer destruir. Os preços vão de R$ 1 (garrafa) a R$ 220 (geladeira completa).
Por mais estranha que pareça a experiência, um dos pilares do negócio é realizar uma economia criativa e sustentável. “Todos os itens que temos disponível em nossa sala foram comprados dos coletores de rua, pelo mesmo valor que eles venderiam no ferro-velho. Depois de quebrado, tudo volta para eles venderem”, afirma Vanderlei.
Segundo ele, não só pela economia, mas também pelo meio ambiente, a missão é conscientizar a população e os vizinhos do entorno a não descartarem esses itens junto ao lixo comum, já que, mesmo antigos, podem ainda ter alguma utilidade. “Por menor que seja, isso impacta a vida financeira de milhares de pessoas na capital paulista. Só de vidro descartamos mais de meia tonelada por mês na coleta seletiva. Entre outros itens, como plástico, ferro e lata, são mais de 25 toneladas”, finaliza ele.
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