Bono Vox, vocalista do U2, se desculpou por ter disponibilizado o álbum do U2, “Songs of Innocence”, em 2014, em todos os dispositivos da Apple sem pedir permissão dos usuários. Segundo o The Guardian, o astro irlandês insistiu para que o trabalho fosse liberado em todas as bibliotecas do iTunes sem custo após conversas entre a banda e executivos da empresa, incluindo o presidente Tim Cook.
“Eu assumo total responsabilidade. Nem Guy O, nem Edge, nem Adam, nem Larry, nem Tim Cook, nem Eddy Cue”, escreveu Bono sobre o episódio em sua autobiografia, “Surrender: 40 Songs, One Story”, a ser lançada em 1 de novembro. “No começo eu pensei que isso seria como uma tempestade na internet. Éramos Papai Noel e derrubaríamos alguns tijolos quando desceríamos pela chaminé com nosso saco de músicas. Mas, rapidamente percebemos que tínhamos esbarrado em uma discussão séria sobre o acesso da big tech às nossas vidas”, continuou.
Assim que o projeto foi lançado, o resultado não foi esperado e causou controvérsias, pois usuários começaram a reclamar sobre terem o novo álbum do U2 sem querer em seus dispositivos. E, pior, não sabiam como deletá-lo. No livro, Bono assumiu a culpa e, com exemplo, afirmou que invadiu a privacidade das pessoas:
“Pensei que se colocássemos nossa música ao alcance das pessoas, elas poderiam escolher chegar em direção a ela. Quase. Como um sábio das redes sociais, disse: ‘Acordei esta manhã para encontrar Bono na minha cozinha, bebendo meu café, usando meu roupão, lendo meu jornal’. Ou, menos gentil, ‘O álbum gratuito do U2 é superfaturado’. Mea culpa.”
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