Para muita gente, ler um livro de psicanálise pode significar um processo árduo e penoso que exige esforço, dedicação, tempo e investimento. Tudo seria muito mais fácil se pudéssemos sentar em uma mesa de bar com Freud, Melaine Klein, Winnicott, Lacan e outros grandes nomes da psicanálise para uma conversa descomplicada e instigante.
Essa foi a ideia do psicanalista Alexandre Patrício de Almeida ao botar lançar o livro “Psicanálise de Boteco”, que reúne alguns dos temas dos episódios de maior audiência de seu podcast homônimo, com o qual conquistou seguidores falando de maneira leve sobre temas como narcisismo, traumas, desamparo, síndrome do impostor, complexo de Édipo, superego, amor.
O especialista contou sobre a produção do livro, que chega às livrarias no próximo 5 de outubro, em uma conversa das mais animadas em live com Joyce Pascowitch nesta quinta (20). O desejo de criar uma linguagem descomplicada veio ainda nas salas de aula, quando o também professor universitário quis mudar visão dos alunos sobre a psicanálise, que, segundo ele, é considerada uma dos assuntos mais complicados. Assim nasceu o podcast “Psicanálise de Boteco”.
“Começamos a falar de assuntos do cotidiano, amor, narcisismo, repressão, explicar alguns conceitos de Freud e também outros autores. Fomos construindo isso e as pessoas começaram a ter insights pessoais. Quantas pessoas hoje não tem acesso a psicanálise, né? E então, o projeto começou a ampliar esse acesso. Muita gente me deu um retorno de como isso gerou transformação nelas. Isso é muito gratificante”, conta ele.
Do sucesso do podcast veio o convite para criar o livro: “Sempre quis escrever um livro mais didático, algo que circulasse mais, que fosse mais popular sobre os temas. Quem me deu a ideia foi o Felipe Brandão, da Editora Planeta, que me convidou a criar o projeto do livro com a língua que eu uso no programa”. Na obra, Alexandre cria uma conversa sincera, bem humorada, repleta de reflexões psicanalíticas sobre o cotidiano. Para ele, “a psicanálise não nos cura de nossos sofrimentos – nem se propõe a isso”, mas nos coloca diante deles, reassegurando a nossa capacidade de responsabilização e de alcançar a maturidade.
Confira o papo completo:
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