Primeira couturière japonesa e também de um país da Ásia a circular livremente no universo da haute couture de Paris, Hanae Mori morreu no último dia 11, aos 96 anos, em sua casa na região central de Tóquio, no Japão. A morte da fashionista decana foi confirmada nessa quinta-feira (18) pelos familiares dela, e noticiada pela agência de notícias Kyodo. A causa, no entanto, não foi revelada.
Conhecida como “Madame Butterfly no meio fashion”, em razão de sempre assinar suas peças com um motivo alado, Mori teve como clientes fiéis Grace Kelly e Nancy Reagan, além de praticamente todas as socialites japonesas. Sua estreia nas passarelas parisienses foi em meados dos anos 1970, e em grande estilo, principalmente por causa de seus desfiles com ares de encenação teatral que logo se tornaram os mais disputados das semanas de moda parisienses.
Mori também tinha um tino para os negócios, o que se evidencia pelo sucesso da grife homônima que ela fundou em 1951. Comprada em 2002 por uma joint-venture entre investidores japoneses e membros do braço britânico do clã Rothschild, a empresa chegou a faturar US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões) por ano em seu auge. Aposentada desde 2004, a estilista foi uma das maiores “ídolas” de Issey Miyake, morto recentemente.
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