Quatro anos depois de ser acusado nos tribunais de má conduta sexual, período em que optou por viver em ritmo mais “low profile”, James Franco já tem sua volta à telona acertada: o ator de 44 anos será um dos protagonistas do drama “Me, You”, uma adaptação cinematográfica do livro “Tu, mio”, do escritor italiano Erri De Luca, publicado em 1998.
A produção será dirigida pelo cineasta dinamarquês Bille August, que levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1987 pelo longa épico “Pelle, o Conquistador”.
O projeto não é daqueles feitos sob medida para se tornar um arrasa-quarteirão, mas em contrapartida envolve nomes respeitadíssimos da literatura e da sétima arte que podem dar um lustre à imagem de Franco em um momento em que o astro de fato precisa de algo nesse sentido para salvar a carreira urgentemente e, quem sabe, se tornar o primeiro dos “condenados” pelo #MeToo a ressurgir das cinzas.
Conforme admitiu dias antes do último Natal, em uma entrevista que deu para um programa de rádio dos Estados Unidos, Franco manteve relações sexuais com quatro das cinco mulheres que o acusaram de assédio sexual em uma reportagem bombástica que o “The New York Times” publicou em janeiro de 2018.
Todas foram alunas dele em um curso de atuação que ele dava em sua extinta escola de artes dramáticas, o Studio 4, fundado em 2014 e fechado em 2017, e que tinha sede em Los Angeles e uma filial em Nova York. Em relação às quatro que citou no bate papo de dezembro passado, Franco garantiu que as encontrou fora de classe.
“Eu era viciado em sexo”, o galã contou em seu desabafo feito na atração ao vivo. Já sobre seu retorno ao batente, Franco disse, em uma nota que enviou para a revista americana “The Hollywood Reporter”, que está “mais do que animado com a oportunidade de trabalhar como uma lenda do naipe de Bille August”, de quem se declarou fã.
Em tempo: Franco, que sobreviveu ao fiasco que foi sua apresentação do Oscar em 2011, quando demonstrou não ter o menor “physique du rôle” para o ao vivo, se acertou com suas supostas vítimas há pouco mais de um ano, com um acordo extrajudicial que lhe custou US$ 2,2 milhões (R$ 12 milhões) e resultou no arquivamento da ação em que foi réu em razão das acusações delas.
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