A inesperada saída de Sheryl Sandberg do Meta, anunciada pela própria executiva nessa quarta-feira (2) ocorre em um momento em que o total das ações da holding que controla o Facebook, Instagram e o WhatsApp que ela possui atingiu seu maior valor: US$ 1,7 bilhão (R$ 8,15 bilhões).
Em um post publicado em sua conta oficial do Face, Sandbergh, até então a número 2 no comando do gigante das redes sociais, respondendo diretamente a Zuckerberg, explicou que, de agora em diante, se dedicará exclusivamente à sua fundação filantrópica, a The Sheryl Sandberg & Dave Goldberg Family Foundation (SGFF).
A fundação leva seu nome e de seu marido, morto em 2015 e, segundo a executiva, quando assumiu o cargo de superintendente-executiva do Meta em 2008, seu plano era deixá-lo em cinco anos.
Nos bastidores, no entanto, o burburinho do momento é o de que Sandberg e Zuck estavam batendo de frente há tempos, e que o bilionário a culpava pela desaceleração nas vendas de publicidade de todas as plataformas do Meta, que enfrentam cada vez mais a concorrência de rivais como o TikTok. O CEO também acha que ela não era muito interessada em surfar nas novas oportunidades que surgirão com a popularização do metaverso.
Seja qual for a razão, Sandberg deverá receber ainda uma remuneração próxima de US$ 30 milhões (R$ 144 milhões), entre salários e bônus, o que corresponde a mais ou menos seus ganhos anuais na média desde 2014, quando sua entrada no clube dos dez dígitos foi oficializada.