Cativando personalidades ao redor do mundo, a carreira de sucesso de Frederico Evaristo levanta uma questão importante no meio cultural: por que muitos artistas brasileiros só conseguem reconhecimento em território nacional depois de fazer sucesso no exterior?
Paranaense radicado em São Paulo, Frederico Evaristo já nasceu artista, tendo sua primeira obra vendida aos 10 anos de idade. Esculpiu duas enormes e esguias santas em argila vermelha, e fez sua primeira exposição. A personalidade do artista mescla romantismo, erotismo, agressividade e uma intensa liberdade: saiu de casa aos 18 anos, libertando-se da violência e homofobia no lar, e começou a ganhar o mundo com seu trabalho.
Formado em mandarim e fotografia, Frederico já trabalhou como modelo em São Paulo e na China. “Por necessidade. Sou muito tímido para esse trabalho”, garante ele. Hoje, além de ser artista residente no Espaço Zero, onde cria peças em cristal murano, ele coleciona premiações como roteirista e diretor de curtas-metragens no Brasil e no exterior. Alguns de seus trabalhos em vídeo mais reconhecidos são “Traces”, ”Tangledbodies”, ”Don’t Ask Don’t Tell” e ”Procrastination”.
Participou de exposições no exterior logo no início de sua carreira, suas obras já foram vistas desde a Islândia até Marrocos, passando pela pirâmide de vidro do Louvre. Paul Burrel, que desenhava os sapatos da Princesa Diana, o repórter da CNN Josh Campbell e o príncipe indiano Manvendrasgohil são só algumas das personalidades famosas que se tornaram colecionadoras do trabalho de Frederico.
O artista também já exibiu seu trabalho no Atomium, o prédio mais famoso de Bruxelas, e ano passado foi convidado a pintar um retrato de Elizabeth Taylor para uma exposição na GoGalery, em Amsterdã. Frederico também já recebeu um convite de Tel Aviv para pintar uma tela da atriz Gloria Swanson.
Hoje, aos 40 anos, o artista vive um amor há 18 aos com o seu parceiro Bob Yang. Atualmente está trabalhando com Nido Campolongo, famoso artista de São Paulo, numa exposição de luminárias feitas com reaproveitamento de madeiras nobres. Projeto que, além de um aprendizado para Frederico, também valoriza a riqueza da natureza do Brasil.
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