Uma imagem de um povo mais “caliente”, visto em outros lugares como mais desinibido com o corpo e questões sexuais, mas que mascara muito tabu em relação à sexualidade, principalmente a feminina. A aparente contradição é como a ginecologista Marcela Mc Gowan resume um traço cultural do nosso país, ainda marcado por muito machismo.
“Somos um povo em geral mais caloroso, há mais contato físico e exibição do corpo em comparação a outros lugares. É algo cultural nosso. Por mais que isso aconteça, a mulher entender a sua sexualidade é uma questão. Temos que entender nosso lado da situação, o que sabemos da sexualidade é pensado para os homens”, comentou durante uma live com Joyce Pascowitch.
A médica, que apresenta o programa “Prazer Feminino” ao lado de Karol Conká no GNT e Globoplay e é autora do livro “Senta que Nem Moça”, falou sobre sexualidade feminina. Segundo ela, quando atendia como ginecologista nas clínicas, uma das principais queixas eram de mulheres que nunca tiveram um orgasmo ou pensavam que nunca tiveram. Para esses casos, Marcela dá a dica: “O primeiro passo, quando isso acontece, é importante entender o que é sexualidade para essa pessoa, se ela já se tocou, se conhece seu próprio corpo.”
Sobre não trabalhar mais em um consultório convencional, a médica diz que abrange um público maior sendo influenciadora. “Estudei tantos anos e por mais que esteja na área, não estou mais nas clínicas. Penso que hoje atinjo mais gente de várias realidades, passei de um paciente por vez, como ocorria no consultório”, afirma.
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