Foragido desde 2017, Jho Low vira e mexe tem seu nome mencionado pela mídia internacional por causa de alguma novidade sobre seus crimes, lembrando que sua fama vem do impressionante esquema fraudulento que ele organizou e com o qual conseguiu enganar todo mundo por algum tempo, inclusive meia Hollywood. A última tem a ver com os supostos cachês que Low pagava para ter celebridades da meca do showbiz em suas festas, que geralmente aconteciam ou em Los Angeles ou em Las Vegas.
Leonardo DiCaprio teria sido um desses famosos contratados por Low, e, ao que parece o astro da telona certa vez embolsou US$ 150 mil (R$ 770,5 mil) para ficar alguns minutos em um soirée que o então multimilionário deu em Vegas. Detalhe: Low até mandou seu jatinho, um Global 5000 da canadense Bombardier que custa a partir de US$ 44 milhões (R$ 226 milhões), ir buscar o vencedor do Oscar por “O Regresso” em Los Angeles, onde o galâ de 47 anos mora, e depois disponibilou a mesma aeronave para levá-lo de volta para casa. Aliás, Low também usou dinheiro sujo – cerca de US$ 9 milhões (R$ 46,2 milhões) – para investir na produção de “O Lobo de Wall Street”, o filme de 2013 estrelado pelo ator e dirigido por Martin Scorsese que custou US$ 100 milhões (R$ 513,7 milhões).
Fergie e Sean “Diddy” Combs, assim como Paris Hilton, Kim Kardashian e Jamie Foxx também teriam sido contratados por Low para fazer o mesmo que DiCaprio fez, e em particular os três últimos receberam pelo ar de suas graças nas parties dele US$ 100 mil (R$ 513,7 mil), US$ 250 mil (R$ 1,3 milhão) e US$ 50 mil (R$ 256,9 mil) respectivamente, com base em dados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que investiga o malaio que fingia ser rico há anos.
Low viveu uma boa parte de sua vida nos EUA se passando por um grande investidor que mantinha fortes ligações com o 1MDB, o fundo soberano da Malásia, no qual nunca chegou a ter um cargo. Apesar disso, o golpista conseguiu desviar nada menos que US$ 4,5 bilhões (R$ 23,1 bilhões) do 1MDB, dos quais ficou com estimados US$ 700 milhões (R$ 3,6 bilhões). Seu paradeiro é um mistério, mas acredita-se que Low esteja em algum lugar da China, onde foi visto pela última vez em agosto de 2018, a bordo de seu mega-iate de 91,5 metros de comprimento fabricado entre 2013 e 2014 pelo estaleiro holandês Oceanco e, ironicamente, batizado como “Tranquility” (“Tranquilidade”). Pouco tempo depois desse flagra, a embarcação foi enviada para a Malásia sem seu então dono e confiscada pelo governo de lá para ser leiloada judicialmente, o que aconteceu em 2019: a empresa malaia Genting Group pagou US$ 126 milhões (R$ 647,3 milhões) para tê-la.
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