Bárbara Paz está de volta às novelas depois de quatro anos (a última foi “O Outro Lado do Paraíso” em 2017), em que vai interpretar a vilã Úrsula, em “Além da Ilusão”, novela das seis da Globo que estreia em breve. Neste período fora da televisão, a artista se dedicou ao documentário “Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou”, que ela produziu e dirigiu e foi exibido em mais de 20 festivais de cinema no mundo.
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Úrsula é a grande vilã da novela “Além da Ilusão”?
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Vilão é uma palavra tão forte, né? Acredito que ela não é só uma pessoa malvada, mas uma mulher tentando sobreviver, ser alguém na vida, mesmo que, pra isso, ela tenha que passar por cima de muita coisa e muita gente. Ela vai fazer de tudo para alcançar o que deseja, ter um sobrenome, uma família, uma estabilidade financeira… E aí durante a novela você vai perceber quem ela é. Acho que de vilania todo ser humano está cheio, depende do ponto de vista. Então ela é mais uma.
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Como você define a Úrsula e em que se inspirou para interpretá-la?
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![Bárbara Paz]()
Úrsula é misteriosa, ardilosa, uma mulher ambiciosa, e que tem uma história de vida forte. Não me inspirei em ninguém para fazê-la, simplesmente acho que uma mulher dos anos 40, que passou por essa guerra, que passou por várias coisas num momento da vida em que a mulher não tinha voz, uma pessoa que se cria sozinha, que é mãe solteira tem muitos obstáculos. E falo não só da Úrsula, mas das mulheres em geral dessa época em que se divorciar, separar, ser mãe solteira era incabível, um afronte, era mulher non grata… Então essas mulheres, sim, são as inspirações. Em uma época em que ao mesmo tempo nós, mulheres, sofremos, mas é também um período muito bonito, começando a libertação, dos anos 20, 30 e 40, com movimentos muito importantes para o feminino.
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Qual sua expectativa para esse trabalho que marca seu retorno às novelas?
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![Bárbara Paz]()
‘Além da Ilusão’ é uma novela leve, suave, que conta quase como uma fábula uma história de amor e dor, porque todo amor tem dor, um grande folhetim como deve ser. É uma novela que tem a leveza que um folhetim pode ter, que tem seus lados escuros e claros, como é a vida. Fala dos dois lados de uma mesma história, do que o destino reserva para cada um, e como um pode enganar o outro. Acho que tudo tem um outro lado na vida, nada é uma coisa só, nada é o que parece, sempre tem o outro lado da moeda. Esses dois lados que todo ser humano tem.
