O resultado abaixo do esperado alcançado pela bolsa da Coreia do Sul no ano passado, somando a outros percalços resultantes da crise de Covid-19 que afetaram a economia do país asiático, levaram alguns investidores a reverem seus conceitos. E no caso das mulheres investidoras, a tendência por lá no momento é colocar seus nomes nas listas de espera das marcas que vendem bolsas desejadas para comprá-las e depois revendê-las com lucro, não raramente de dezenas de milhares de dólares.
Nesse caso, é preciso explicar que as sul-coreanas de classe média alta pra cima são absolutamente fascinadas pelos acessórios de moda franceses, e não pensam duas vezes quando precisam pagar mais do que o normal para ter seu objeto de desejo capaz de garantir o status que acreditam ter.
E como no comércio mundial a regra mais básica ainda é a da oferta e da procura, algumas maisons precisaram se adaptar a essa realidade. A Chanel sul-coreana, por exemplo, só vende uma bolsa por pessoa por ano para cada cliente, que nessas horas buscam a ajuda das amigas para poder adquirir mais de uma.
Tempos atrás, a maison francesa ainda permitia que dois de seus modelos mais famosos fossem comprados por apenas uma pessoa: a Timeless Classic e a Coco Handle, mas diante do tsunami de fashionistas em busca de ambas novas regras precisaram ser aplicadas.
Frise-se que esses modelos, quando comprados em loja em com nota fiscal e tudo mais, custam a partir de US$ 9,5 mil (R$ 54,2 mil) a unidade, mas podem ser revendidos online ou no “mercado negro” por até três vezes esse valor.
Com um dos mercados de luxo mais aquecidos do mundo, que movimentou US$ 12,5 bilhões (R$ 71,3 bilhões) em 2020, a Coreia do Sul é um paraíso para as marcas de grife, inclusive porque seu público por lá é formado majoritariamente por “millennials” ou pela “Geração Y”, de pessoas nascidas a partir do começo dos anos 1980 que, ao contrário de seus pais, não deixam de de torrar suas economias para comprar o que for preciso a fim alimentar o ego ou simplesmente para estar na moda.
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