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Sheikh Mohammed Bin Rashid al-Maktoum e Princesa Haya Bint Al Hussein
Sheikh Mohammed Bin Rashid al-Maktoum e Princesa Haya Bint Al Hussein. Foto: Marco Secchi/Getty Images

O que era pra ser apenas um divórcio acabou se tornando uma das maiores negociações do ano no Reino Unido envolvendo duas pessoas físicas. Casada entre 2004 e 2019 com o xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum, o emir de Dubai, a princesa Haya Bint al-Hussein recebeu na justiça do Reino Unido o direito de receber £ 554 milhões (R$ 4,2 bilhões) dele, o que inclui um pagamento único a ser feito nos próximos três meses de £ 251,5 milhões (R$ 1,9 bilhão) e a transferência de um título mantido pela filial britânica do HSCB no valor de £ 290 milhões (R$ 1,98 bilhão).

Achou pouco? Pois al-Maktoum ainda deverá pagar anualmente o equivalente a £ 11,2 milhões (R$ 85,2 milhões) para que Bint al-Hussein, que é meia-irmã do rei Adbullah da Jordânia, mantenha o estilo de vida de suas duas filhas que teve com ele, além de outros £ 3 milhões anuais (R$ 22,8 milhões) para a educação das crianças.

Em seus depoimentos no processo litigioso, que durava há quase três anos, Haya argumentou que somente uma grande quantia de dinheiro a poderia livrar do controle que o xeque exercia em sua vida mesmo depois da separação. “Eu realmente quero ser livre, e quero que eles [os filhos dos dois] também sejam livres”, a royal disse em um dos depoimentos que concedeu.

No começo do imbróglio, al-Maktoum chegou a ser acusado de orquestrar o sequestro das duas herdeiras com Haya, as princess Latifa e Shamsa, a fim de intimidar a ex, que não se intimidou e conseguiu revelar o cativeiro das meninas com a ajuda da BBC britânica. Daí pra frente, até mesmo as Nações Unicas e países como os Emirados Árabes Unidos pediram publicamente provas de que as três estavam vivas.

Da parte de al-Maktoum, que tem fortuna estimada em US$ 4 bilhões (R$ 22,9 bilhões), fica a lição de não mais mexer com mulheres que sabem ir atrás de seus direitos e, acima de tudo, e dor por perder tanto dinheiro quando um simples acordo extra-judicial poderia ter sido feito, e isso sem falar na má fama que o acompanhará pelo resto da vida como perseguidor de mulheres e crianças.

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