Se a ansiedade já era considerada o mal do século, a pandemia serviu para aumentar ainda mas esses níveis e, segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2020, o transtorno se tornou o mais presente neste tempo de Covid-19. Agora, a ansiedade é apontada como o pior problema na saúde mental de 63,51% dos 296 líderes e 64,10% dos 195 liderados de diversas regiões do Brasil, que foram consultados no estudo ‘Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho’, realizado pela The School of Life – referência no ensino da inteligência emocional -, em parceria com Robert Half, especializada em Recrutamento e Seleção.
“A Era que estamos vivendo é das organizações emocionalmente inteligentes, nas quais se conhecer e saber lidar com pessoas e com as heranças psicológicas que elas levam para dentro das empresas é um grande diferencial. Mais do que nunca, precisamos nos comunicar bem, entender perspectivas que estejam fora do nosso radar, dominar as nossas emoções e considerar um pouco mais o ponto de vista da outra pessoa. Somos capazes de ir além da “fofoca” e nos tornarmos mais leves e serenos”, destaca Diana Gabanyi, responsável pela área corporativa da The School of Life.
Habilidades emocionais, aliás, tem sido um fator bastante observado nas salas de entrevista e no dia a dia das organizações, como aponta a pesquisa. Na contratação de um profissional, mais da metade dos líderes entrevistados (55,74%) destacou o comportamento como o ponto mais importante a ser avaliado, à frente do conhecimento e/ou da experiência (opinião de 43,58% dos gestores) e da formação e/ou das certificações (0,68%).
Já faz algum tempo que a avaliação das habilidades emocionais tem ganhando força nos processos seletivos. Mas não há dúvidas de que a pandemia contribuiu significativamente para a potencialização dessa metodologia. Atualmente, a exigência é por equipes qualificadas e emocionalmente saudáveis. “Por isso, proporcionar um ambiente de trabalho agradável para manter as pessoas motivadas, por meio do exercício diário da empatia e da transparência e da manutenção de boas relações dentro da equipe, deve estar entre as prioridades das empresas para os próximos anos”, ressalta Maria Sartori, diretora associada da Robert Half.
O levantamento ainda ressaltou que o nível de preocupação das empresas aumentou, mas ainda há espaço para evolução, revelando também que a falta de engajamento ou produtividade nem sempre está relacionada com questões técnicas.
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