A Hollywood Issue da ‘Vanity Fair’, que todos os anos celebra 10 criadores e celebridades que dominaram o período com sua arte, criatividade e inovação, acaba de ser lançada e está mais especial do que nunca. Afinal de contas, 2020 foi um ano atípico, surreal… sim, o surrealismo deu o tom nas escolhas da revista e no ensaio fotográfico de capa que teve concepção e execução da dupla de criadores italianos Maurizio Cattelan and Pierpaolo Ferrari. Com nomes como Zendaya, Spike Lee e Charlize Theron clicados em situações inusitadas, para não dizer surreais, em montagens no melhor estilo ‘realismo fantástico’, a lista fala um pouco sobre cada personalidade e o que elas fizeram durante esse tempo de pandemia e isolamento social, além de como contribuíram para a sociedade com seus trabalhos e ideologias. Confira!
Zendaya
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Quando o mundo parou, Zendaya teve o desejo de se manter criativa. A estrela de Euphoria ficou em quarentena com o criador do programa, Sam Levinson, e membros da equipe, bem como o ator John David Washington. O resultado foi o filme ‘Malcolm & Marie’, sobre um casal tendo uma DR. A atriz, que fez história como a mais jovem vencedora do Emmy de melhor atriz em série dramática no ano passado, foi mais longe: “Tentei aprimorar minhas habilidades de jogo de videogame”.
Charlize Theron
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O filme de Gina Prince-Bythewood, ‘The Old Guard’, é a prova de que a estrela certa no filme certo pode cativar o público em uma plataforma de streaming como a Netflix. Charlize Theron, que coproduziu e interpretou uma mercenária quase invencível no longa, é inigualável na Hollywood atual, então é quase um alívio saber que ela não foi feita para educar seus filhos em casa: “É a primeira vez na minha vida que eu realmente tive que confrontar o quão ruim e terrível eu sou em alguma coisa, como um verdadeiro fracasso. Eu sou uma professora horrível”.
Spike Lee
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“Daqui a cem anos, os historiadores vão escrever que a democracia como a conhecemos quase chegou ao limite.” Spike Lee tem falado a verdade por décadas, e recentemente fez o mesmo com o filme ‘Da 5 Bloods’, sobre soldados negros arriscando suas vidas por um país que os vê como descartáveis. Ao mesmo tempo, o movimento Black Lives Matter ressaltou a relevância contínua de seus primeiros filmes, como ‘Do the Right Thing’. “Os negros continuam sendo mortos”, diz ele. “É realmente um comentário triste sobre os Estados Unidos da América”.
Sacha Baron Cohen
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“Ele entendeu o poder do humor e da comédia para expor os males da sociedade e humilhar os poderosos”. É Sacha Baron Cohen falando sobre Abbie Hoffman, mas ele também poderia estar falando sobre si mesmo. Com ‘Os 7 de Chicago’ e a sequência de ‘Borat’, Cohen criou cenas espetaculares: Hoffman no banco das testemunhas, Borat em lingerie zoando Rudy Giuliani. Baron Cohen chama seus filmes de “minha pequena luta pela democracia”.
Michael B Jordan
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Na tela, Michael B. Jordan já transitou por diversos gêneros de filmes, incluindo os indies da Marvel. Fora das telas, ele emprestou sua voz para o movimento Black Lives Matter, foi curador de uma série de filmes drive-in de caridade e tem produzido longas e TV inclusivos. Além disso, Denzel Washington está dirigindo o ator no longa ‘Journal for Jordan’, sobre a morte de um sargento do exército que estava escrevendo conselhos para seu filho pequeno. “Nos sentamos pela primeira vez depois da Estação Fruitvale”, diz Jordan, “mas queria ter mais experiências de vida, para que pudesse realmente respirar dentro desse personagem”.
Awkwafina
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A questão da representatividade muitas vezes passou pela cabeça de Nora Lum quando se trata de seu alter ego, Awkwafina. Ela quebrou barreiras para artistas asiático-americanos, mas às vezes ainda se pergunta que responsabilidade tem. “Você não quer representar grupos de pessoas”, diz ela. “Mas se não houver muitos de nós, algumas pessoas vão pensar que o que veem na tela é o que somos. É por isso que a solução não é só minha – é de mais pessoas que são diferentes”.
Maya Rudolph
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“Agora sou uma anciã”, diz Maya Rudolph sobre seu retorno ao Saturday Night Live para interpretar a vice-presidente Kamala Harris. “Agora sou uma das mulheres mais velhas da tribo, transmitindo sabedoria.” A volta ao lar da atriz, produtora e escritora trouxe risos e insights para um cenário político maluco. “Me lembro quando Trump apresentou pela primeira vez ‘O Aprendiz’, e a gente tipo, ‘Isso é péssimo. Não quero estar aqui para isso’.
Michaela Coel
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Michaela Coel passa a maior parte do tempo escrevendo, mas raramente se sente sozinha: “Sempre sinto a presença de outras pessoas”. Ou seja, o público para o qual ela está escrevendo. A série ‘I May Destroy You’, de Coel, explora as reverberações pessoais e comunitárias do trauma, e ela passou a pandemia tentando manter a calma: “Li um artigo que dizia: ‘Ponha a mão em alguma área do corpo e diga: “Com toda a justiça, reconheço o quão difícil é. Este é um momento de sofrimento’”.
Lakeith Stanfield
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LaKeith Stanfield teve um ataque de pânico no set de ‘Judas e o Messias Negro’: ele estava interpretando um informante do FBI da vida real que se infiltrou nos Panteras Negras e ajudou em um ataque fatal contra o líder Fred Hampton. “Saí correndo do trailer, dizendo: ‘Não posso! Não sei se estou fazendo a coisa certa interpretando essa pessoa ‘”, diz o ator. Mas Stanfield sabia que a mensagem do filme era urgente: “Há muitas pessoas se levantando contra coisas que consideram opressivas. De que lado da cerca você se encontra?”.
Dan Levy
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O grande final para o gigante do Emmy, a série ‘Schitt’s Creek’, foi intitulado “Happy Ending”, e o co-criador e estrela Dan Levy viu o retrato de um casal gay como uma espécie de ativismo. “Pessoalmente, até aquele ponto eu não tinha visto muitos personagens e relacionamentos gays retratados com tanta facilidade. Como membro da comunidade LGBTQIA +, estamos acostumados a ver os membros dessa comunidade colocados em perigo. “Embora o show não fosse abertamente político, este foi um ‘para sempre’ que ecoou”.
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