Publicado pela primeira vez em 1949, ‘1984’ é uma das principais obras de George Orwell e, neste mês, ganha uma nova edição. O romance distópico ganhou fama de pontuar e prever cenários nos quais a sociedade ocidental moderna parece condenada a viver de tempos em tempos: uma espécie de looping originado, por vezes, pelo fato de não aprendermos com os erros do passado.
O livro conta a história de Winston, um apagado funcionário do Ministério da Verdade da Oceania, que substitui indiferença perante a sociedade totalitária em que vive, pela revolta. Como cenário, Orwell constrói uma sociedade em que toda a liberdade individual e civil é cerceada pelo Estado, que tudo ouve e tudo vê. Todo cidadão é permanentemente vigiado por telas. “1984”, segundo o próprio George Orwell, serve de alerta para as gerações. Muito do que o autor mostra no romance foi inspirado na realidade mundial em 1948, época em que escreveu o livro
Com a tradução para o português brasileiro feita por Ronaldo Bressane, a nova edição tem projeto editorial e gráfico caprichados e será lançada este mês. Para celebrar a novidade, a editora Tordesilhas organiza um ciclo de três eventos para debater aspectos diversos da vida e da obra de Orwell. No dia 28, Richard Bradford conversa com a escritora, jornalista e mestre em estudos de ficção científica Cláudia Fusco sobre a importância de Orwell como pressagiador dos novos tempos.
Já no dia 3 de março, Rita von Hunty conversa com a escritora e pesquisadora Ana Rüsche sobre autoritarismo e vigilância na obra do autor; e no dia 6, o tradutor Rogerio Galindo conversa com Ronaldo Bressane (Tordesilhas Livros), Bruno Mattos (Buzz), Antonio Xerxenesky (Antofágica), Luisa Geisler (Novo Século) e Aline Storto (Aleph), todos tradutores de ‘1984’, sobre os desafios de se traduzir um clássico. Todos os eventos serão transmitidos online no Youtube da Tordesilhas.
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