A rainha Elizabeth II enviou dias atrás um memorando para o membros mais seniores da família real do Reino Unido no qual deixou claro para todos que o momento é de apertar o cinto. Preocupada com as finanças da Casa de Windsor, que recebe cerca de £ 35 milhões (R$ 249,9 milhões) por ano do governo britânico para se manter mas gasta mais do que o dobro disso (a diferença é bancada por rendimentos sobre propriedades reais e a cobrança de ingressos a turistas para visitá-las, entre outras coisas), Sua Majestade pediu a todos que controlassem suas despesas, sob o risco de ficarem sem muitos de seus luxos no próximo ano.
Por causa da pandemia de Covid-19, muitos palácios reais tiveram suas portas fechadas durante vários dos últimos meses e, em razão desse “lockdown”, viram suas receitas caírem drasticamente. A visitação na maioria desses lugares voltou a ser permitida, ainda que com públicos bem menores, a fim de evitar aglomerações que resultem na proliferação da doença por terras britânicas. E como a verba de 2020 foi paga no ano passado, por enquanto as contas ainda estão em dia. Mas o prognóstico para o futuro que se avizinha não é dos melhores, já que o impacto financeiro desse ano será sentido só mesmo em 2021.
Se tem uma coisa que deixa Elizabeth II morrendo de medo é a possibilidade de ter a folha de gastos de sua família sendo discutida publicamente, o que em geral só acontece durante crises. Prato cheio para os republicanos, esse tipo de assunto geralmente é o que dá combustível para as campanhas que pedem pelo fim da monarquia, sempre sob a justificativa de que não faz sentido tratar uma meia dúzia de pessoas como se elas fossem melhores do que o resto da humanidade. Em resumo, o alerta geral da monarca foi acendido. Resta saber se os familiares dela vão dar ouvidos ao seu pedido… (Por Anderson Antunes)
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