Entre todas as filhas de Francesca, interpretada por Marisa Orth, em ‘Haja Coração’, Carmela (Chandelly Braz) é a mais ardilosa e capaz das maiores maldades para conseguir o que deseja. O papel da personagem, apesar de vilã, caiu nas graças do público e agora ela está de volta na reprise da novela. Nessa fase de quarentena, Chandelly tem aproveitado para acompanhar tudo. “Fiquei super feliz, adoro rever trabalhos anteriores e desta vez estou conseguindo acompanhar muito mais”, disse.
“Tive a sorte de receber personagens muito distintas na televisão. Com a Carmela foi a primeira vez que fiz uma vilã e foi muito bom. Contracenei com artistas que admiro e aprendi bastante. Também foi nessa novela que trabalhei pela primeira vez com o diretor Fred Mayrink, que depois me convidou para fazer ‘Orgulho e Paixão’, outra novela pela qual tenho um carinho imenso”, revela a atriz.
Aos 35 anos, a atriz que nasceu em Minas Gerais e foi criada em Pernambuco, comentou sobre o que lembra de mais especial daquela época. “Não me vem nenhuma memória específica, mas era sempre muito divertido. Gravar as cenas em família à mesa, por exemplo, sempre rendia muitas risadas. A gente se divertia muito nos bastidores e em cena”, lembra.
Carmela é inspirada na personagem Isabel, interpretada por Angelina Muniz em ‘Sassaricando’. Para o trabalho, Chandelly confessou que não assistiu à trama, mas em tempos de quarentena, é o que pretende fazer. Agora, com um pouco mais de tempo livre, ela está focada em rever ‘Haja Coração’, e dispara: “É muito legal acompanhar e rever as escolhas que fiz para cada cena. Pensar que se fosse hoje, já faria diferente. É algo muito mais leve”.
Além de acompanhar a trama, Chandelly tem acumulado aprendizados e reflexões nos últimos meses. “Tanta coisa aconteceu nesse período que parece que março de 2020 foi há dois anos. Mas dentre tantas coisas, o entendimento de que nós, seres humanos, somos natureza. Aprendemos erradamente que a natureza são os bichos, as plantas e os minerais, e que estamos apartados dela, que somos diferentes e superiores. Tenho repensado muito sobre nossos hábitos de vida aqui na cidade, e sobre a nossa responsabilidade nos impactos ambientais. A partir disso, adotei algumas pequenas mudanças: agora faço compostagem do meu resíduo orgânico, passei a consumir alimentos orgânicos e de agricultura familiar e tenho sido bem mais criteriosa a respeito das marcas e produtos que consumo”, desabafa.
Para o futuro, o plano é um só: fazer teatro. “Ao longo desse ano, eu e mais dois amigos estivemos em um projeto de pesquisa sobre as tragédias gregas. A ideia é montar um espetáculo no ano que vem”, adianta.
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