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Marcelo Serrado conversa com o Glamurama / Crédito: Instagram

Aos 53 anos, Marcelo Serrado é um dos veteranos da TV brasileira. O ator, que começou a carreira em 1987 na Rede Manchete, na novela ‘Corpo Santo’, nunca mais parou e teve seu turning point ao interpretar o impagável mordomo gay Crô, em ‘Fina Estampa’, que está sendo reprisada nessa quarentena. O personagem caiu tanto no gosto do público que, em 2013, ganhou um filme e conquistou as telonas. “Eu posto uma cena do Crô nas redes sociais e o público surta. Está sendo incrível esse contato pela internet”, comemora ele.

Nessa quarta, atendendo a pedidos dos fãs, Marcelo fez uma live com Christiane Torloni, Tereza Cristina, a ‘jacaroa do Nilo’ de ‘Fina Estampa’. “A reprise foi como receber um prêmio duas vezes. Essa personagem do Aguinaldo Silva é um troféu para uma atriz. Fiquei muito feliz”, disse Christiane no papo virtual com o parceiro de cena. “A Globo foi perspicaz em colocar uma novela leve, mais divertida, nesse momento que estamos passando. E a novela deu 36 pontos no Ibope outro dia, nove anos depois!”, emendou Serrado.

Além da volta de Crô, o isolamento de Serrado foi dos mais produtivos. O ator revelou que voltou a estudar espanhol, escreveu uma peça, emagreceu e fez ações solidárias para ajudar o próximo nesse momento difícil.

Marcelo está também em uma peça de teatro online, chamada “Os Vilões de Shakespeare” e, ao Glamurama, contou que essa tecnologia de gravar apresentações teatrais veio para ficar: “O mundo mudou e acredito que, agora, vai ser normal o teatro ter câmera, principalmente para aquelas pessoas que não podem ir presencialmente, mas têm curiosidade sobre como é uma peça de teatro. É uma nova tecnologia”. A seguir, confira o nosso papo completo com Marcelo Serrado:

Glamurama: O que você aprendeu nessa quarentena?
Marcelo Serrado
: Aproveitei esse tempo para voltar a praticar espanhol, e melhorei bastante. Escrevi uma peça, emagreci, tentei fazer ações para ajudar o próximo, incluindo o pessoal do meio teatral. É isso que eu acho que as pessoas que podem devem fazer: ajudar quem precisa.

G: Qual a primeira coisa que pretende fazer quando a pandemia acabar?
MS: Sentar em um bar e beber cerveja com os amigos, estou sentindo muita falta desse contato!

G: Você voltou ao ar como Crô, em ‘Fina Estampa’. Como é rever esse trabalho tão importante na sua carreira?
MS: Foi uma surpresa ver ‘Fina Estampa’ novamente na televisão, não esperava que fosse acontecer, mas estou muito feliz com a repercussão. No momento, só posso ter contato com os fãs pela internet mas, mesmo assim, é maravilhoso. Posto uma cena do Crô nas redes sociais e o público surta. Está sendo incrível esse contato com o público pela internet.

https://www.instagram.com/p/CCMwislBhee/

G: Falando em lives, você fez várias durante o isolamento. Como foi essa fase?
MS: Me acostumei com essa vida mais virtual. Agora, diminuí as lives. Estou fazendo uma por semana sempre com amigos ou quando quero divulgar uma causa.

G: Você está em um projeto chamado ‘Teatro Já’, em que vai apresentar “Os Vilões de Shakespeare” online. Acha que esse pode ser um ‘novo normal’ na sua profissão?
MS: Esse é um projeto da atriz Ana Beatriz Nogueira e estou em uma das peças, chamada ‘Os Vilões de Shakespeare’. Essa é uma maneira de levar a cultura e o teatro até as pessoas, além de ter uma tecnologia muito legal. É tudo virtual, então o palco possui várias câmeras e você pode navegar entre elas para ver o espetáculo de pontos de vista diferentes.

https://www.instagram.com/p/CCPKOZjh0vT/

G: Acredita que essa tecnologia será algo permanente?
MS: O mundo mudou e acredito que, agora, vai ser normal o teatro ter câmeras, principalmente para aquelas pessoas que não podem ir presencialmente, mas têm curiosidade de saber como é uma peça de teatro. É uma nova tecnologia que com certeza veio para ficar.

G: O que é mais estranho para você, como ator, em uma apresentação de teatro sem plateia?
MS: Tudo é muito estranho. Você não vê as pessoas, então não consegue enxergar as reações delas, as interações. É bem diferente!

G: Do que mais você sente falta nessa época de isolamento social?
MS: Sinto falta da rua, do calor humano, da conexão que a gente tem com o outro. Também sinto muita falta do palco, das gravações, do meu trabalho no geral.

G: Você acha que as pessoas vão dar mais valor às pequenas coisas depois que tudo isso passar?
MS: Creio que sim. É impossível que isso não seja um ‘restart’ para a evolução do ser humano. O mundo todo está passando por isso e sinto como se a natureza também estivesse pedindo isso. Mas vamos superar isso, assim como aconteceu com outras pandemias.

G: Quais seus próximos projetos? Tem novela ou série por aí?
MS: Entrei na Escolinha do Professor Raimundo (Serrado substituirá Otaviano Costa como Seu Ptolomeu) e também tem uma novela ano que vem, mas ainda não posso falar sobre o que é. Além disso, estou na segunda temporada de ‘Divisão’, série produzida pelo AfroReggae, e ‘O Jogo’.

G: Por falar em séries, quais você viu e indica para o Glamurama?
MS: Tem várias: ‘Narcos’, ‘Dark’, ‘The Man in the High Castle’, ‘The Hunting’ e também a série da Marielle, disponível no Globoplay, e do ‘João de Deus’.

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