Iniciativas realizadas na comunidade de Paraisópolis em parceria com movimentos sociais como o G10 Favelas foram destaque no jornal americano ‘The Washington Post’ desta semana. Com a chamada “Favelas do Brasil, negligenciadas pelo governo, organizam sua própria luta contra o coronavírus”, a reportagem especial mostrou a situação de moradores de comunidades carentes em meio à pandemia da covid-19 e a importância da organização da sociedade civil diante da negligência dos governos.
O texto conta que em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, a Associação de Moradores viu os casos de infectados começarem a subir em março e, através do presidente, Gilson Rodrigues, que também participa do G10, bloco de líderes e empreendedores de impacto social das favelas, tomou providências. Rodrigues organizou voluntários para fazer máscaras, transformou as escolas e academias do bairro em enfermarias e estabeleceu uma plataforma online na qual os moradores desempregados podem solicitar ajuda financeira. A associação também contratou uma ambulância 24 horas exclusivamente para o bairro e criou uma campanha de crowdfunding para arcar com os custos dos projetos.
O The Washington Post cita ainda que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou medidas de isolamento social impostas por governadores e se juntou a protestos pedindo a reabertura da economia. O jornal lembra que o Brasil está com o terceiro ministro da Saúde diferente desde o início da pandemia. “Os dois primeiros [Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich] se recusaram a apoiar seus pedidos para acabar com as medidas de distanciamento social e promover tratamentos com hidroxicloroquina”.
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