Filho dos poetas Maria Carpi e Carlos Nejar, Fabrício Carpinejar foi o convidado da live de Joyce Pascowitch dessa quinta-feira. O tema: ‘Poesia e Sentimentos’, assuntos que o poeta, cronista e jornalista entende muito bem. Com mais de 20 livros publicados, ele relembra que a infância na escola foi complicada. “Foi um choque quando fui para a escola pela primeira vez porque pensei que todo mundo falasse poeticamente. Cheguei falando por metáforas e ninguém me entendia. Eu já não tenho uma aparência fácil, poderiam ter me avisado que aquilo não era comum”, disse, brincando.
“Sofri muita gozação, bullying de todas as formas. Tanto que, se eu fosse adolescente hoje, não sei se iria sobreviver”, conclui. Aos 47 anos, Carpinejar revela que situações difíceis como essas fez com que ele pensasse ainda mais no próximo. “Eu exercitava a empatia antes de saber nomear esse ato como empatia. Como sofri muito na infância, acho que trabalhei para antecipar quem poderia estar no meu lugar”, diz. Sobre sentimentos, o poeta desabafa que é mais fácil entender aos outros, do que a si mesmo. “Me sinto mais confortável em tentar entender o que o outro está sentindo, do que dentro de mim. É como se eu fosse o Chico Xavier dos vivos”, brinca.
Movido pelo amor, Fabrício não poderia deixar de falar sobre um de seus temas favoritos. E fez uma confissão: “Minha atual esposa tem a senha do meu celular. Ela tem todas as minhas senhas. E não acho que seja um problema. Porque as pessoas acham que toda a privacidade está no celular. Como seu todo nosso mundo estivesse ali. Não é verdade.”
E filosofou: “Amar é quando a gente sente saudade de si e do outro ao mesmo tempo. É quando o silêncio faz bem. É diferente da carência e do apego. É quando você é livre para falar o que pode desagradar o outro. Com amor. Amor não é para amadores. É para profissionais. Você tem que ter passado pelo luto de um antigo relacionamento, gostar de estar sozinho, porque para estar com outra pessoa ela tem que que ser melhor que nossa própria solidão. Tem que escolher alguém com quem você queira ficar de meia. As pessoas não querem mais namorar, já querem casar. Eu digo que namorar é a forma de evitar uma cilada”. Ai ai… Confira a deliciosa conversa com Fabrício Carpinejar na íntegra. Play!
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