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Agnes Nunes / Crédito: Instagram

Agnes Nunes tem apenas 18 anos – recém feitos – e, apesar da pouca idade, já mostrou que tem talento de sobra e ganhou mais de 2,3 milhões de seguidores só no Instagram, que não perdem a chance de assistir e repostar suas lives e vídeos. Não à toa, a cantora se tornou queridinha dos internautas e conquistou artistas como Alok, Pabllo Vittar e até mesmo Lázaro Ramos, que já se declarou a ela: “É tão bacana quando a gente vai descobrindo novos talentos Brasil afora! E o mais bacana é reconhecer traços desse nosso Brasil na arte de quem faz. Foi desse jeito que conheci a voz incrível de @agnesnunes. Adorei!”, postou Lázaro.

A história de Agnes na música começou em casa, onde colocava o seu teclado e um celular para gravar o que tocava e cantava: “Tudo começou na janela da sala da minha casa, mais especificamente”, comenta em entrevista ao Glamurama. A artista, que nasceu na Bahia, mas foi criada na Paraíba, revela que não esperava alcançar tantos fãs. Atualmente morando no Rio de Janeiro, Agnes tem trabalhado em seu novo álbum, enquanto aproveita a quarentena para fazer shows ao vivo no Instagram e escrever músicas. E como Glamurama adora novos talentos, batemos um papo com Agnes, dona de uma voz inesquecível. Dá uma espiada. (por Jaqueline Cornachioni)

G: Como tem sido esse tempo de quarentena para você? 
AN: A quarentena me deu tempo para fazer as coisas que dizia que não tinha tempo. Tem sido uma fase de tranquilidade e vivência. Consigo malhar, compor mais, prestar atenção no que antes não prestava. Tenho tocado mais piano, cuidado mais de mim, e aprendido muitas coisas na cozinha também (rs). Além disso, tenho trabalhado secretamente no meu álbum… Estou mais quieta neste momento porque estou focada nisso.

G: Como escolhe seu repertório? O que gosta de cantar?
AN: A escolha do meu repertório é sempre muito louca. Não gosto muito de repetir música, a não ser que seja em lives, que a galera pede pra cantar de novo e tal… Sempre escolho canções que mais me tocam.

G: Como é seu processo de composição?
AN: A vida me inspira, tudo me inspira, mas 99% é muito trabalho e 1% é inspiração.

G: Você já gravou com Xamã, Tiago Iorc… Qual seria a parceria dos seus sonhos?
AN: A maioria dos artistas que tenho vontade de cantar junto já se foi: Cazuza, Cássia Eller, Tim Maia e por aí vai. Mas se tivesse de escolher um seria a Marisa Monte e a Willow Smith, gosto bastante da vibe dela.

G: Quais cantores ou cantoras são seus favoritos da vida?
AN: Hummmm, não sei, tenho muuuuitos. Escuto de tudo. Gosto de Gal Costa, Marisa Monte, Rihanna, Sabrina Cláudio, Lauryn Hill, Willow Smith, Summer Walker, H.E.R., The Weeknd, SZA, Rubel… Do rap nacional gosto demais do Xamã, que sou suspeita a falar, pois temos um trabalho juntos chamado “Elas Por Elas”, que foi incrível fazer.

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Glamurama: Aos 18 anos, você já tem uma legião de fãs. Fale um pouco do início da sua carreira.
Agnes Nunes: Tudo começou na sala da minha casa, na janela, mais especificamente. Coloquei meu teclado lá porque gosto da sensação de cantar olhando para o movimento do céu. Depois tive a ideia de gravar. Comecei a postar vídeos despretensiosamente, só colocava nas redes porque eu achava que, da mesma forma que eu me sentia bem em cantar, as poucas pessoas também poderiam se sentir bem. Eu nunca me imaginei sendo reconhecida, isso esteve um pouco longe do meu pensamento no começo. Morava em cidade pequena, então não costumava pensar tão longe. À medida em que as pessoas foram me conhecendo, comecei a sonhar e a cantar muito mais. Ainda estou muuuuuuito longe de onde quero estar, mas estou no caminho, com humildade e fé em Deus e no futuro, sempre.

G: E seu história familiar? Fale da Agnes offline.
AN: Nasci em Feira de Santana, na Bahia, e fui com nove meses morar na Paraíba, com minha vó Terezinha, pois minha mãe precisava continuar os estudos na universidade para nos dar uma vida digna. Mas foi muito tempo depois, na cidade de Sousa, também na Paraíba, que comecei a criar coragem para soltar meu cabelo black power, e foi lá onde mais aprendi a lidar com racismo e preconceito. Detalhe, eu só tinha 12/13 anos e escutava coisas terríveis. Concluí o ensino médio em Campina Grande e hoje moro no Rio de Janeiro. Mainha e minha avó são as mulheres que me inspiram.

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