A Forever 21 se tornou uma das marcas de fast fashion mais queridinhas do mundo. Mas, nesse domingo, a varejista californiana anunciou que entrará com pedido de recuperação judicial, que já vinha sendo estudado. A empresa privada, de gerência familiar, reforçou ao longo dos últimos meses seus esforços de reestruturação, dizendo que cessaria as operações em 40 países. De acordo com o que foi informado, só nos Estados Unidos serão fechadas 178 lojas, sendo um total de 350 operações no mundo. No comunicado, a marca afirma que continuará suas operações no México e na América Latina. Atualmente, a Forever 21 tem mais de 800 lojas.
“Passamos de sete para 47 países em um período de menos de seis anos e com isso surgiu muita complexidade”, disse Do Won Chang, um dos fundadores da fast fashion. “O setor de varejo está mudando, houve um abrandamento do tráfego de shopping centers e as vendas estão focadas mais no online”, completa. Bem, a operação online continuará sem mudanças.
A Forever 21, ainda ressaltou que o comércio eletrônico representava 16% de suas vendas, e viu sua receita cair para US$ 3,3 bilhões no ano passado, abaixo dos US$ 4,4 bilhões alcançados em 2016. Enquanto adolescentes e mulheres de 20 e poucos anos eram a principal base de clientes, a Forever 21 acreditava que poderia vender para toda a família, e por isso abriu lojas em cada local desativado que encontrava. Isso no início de sua operação, nos anos 2000, com roupas que imitavam grandes designers, mas com preços baixos. A empresa juntou-se à Zara e à H&M para tornar a “moda rápida” amplamente disponível.
A aproximação da falência é um golpe para a empresa que sempre se orgulhou de dar vida ao sonho americano, além de um lembrete de que a forma de consumo está mudando. “O que esperamos fazer com esse processo é simplificar as coisas, para que possamos voltar a fazer o que fazemos de melhor”, disse Linda Chang, vice-presidente executiva que, ao lado da irmã, Esther Chang, que está mudando a cara da Forever 21.
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