O Carnaval brasileiro é a maior festa popular do mundo – registrada, inclusive, no Guinness Book. Mas poucas pessoas sabem que a data não é comemorada apenas no Brasil. O Carnaval surgiu na Grécia Antiga, quando os gregos realizavam rituais para agradecer aos deuses pela fertilidade do solo. No século XIX, a população de Paris começou a festejar a data de uma forma mais parecida com o que conhecemos hoje, com fantasias e músicas próprias, influenciando outros países. O Brasil, por sua vez, foi quem elevou o Carnaval a outro nível.
Para aqueles que gostariam de viver a experiência de um Carnaval diferente do que conhecemos por aqui, confira as como alguns países ao redor do mundo comemoram a festa.
Colômbia (47 dias antes da Páscoa)
Carnaval de Barranquilla, na Colômbia || Créditos: Divulgação
Na cidade de Barranquilla, o Carnaval é comemorado há mais de 200 anos. A festa foi declarada Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade da UNESCO. Carros alegóricos, fantasias e muita dança caracterizam essa celebração, composta por índios locais, escravos e católicos europeus. Máscaras coloridas, com longos narizes e grandes orelhas representam as marimondas, personagens típicas da cidade.
Argentina (Janeiro e Fevereiro)
O Carnaval de Gualeguaychú, cidade localizada a 225km de Buenos Aires, é muito parecido com o do Brasil. Acontece todos os finais de semana ao longo de janeiro e fevereiro. O desfile consiste em diferentes escolas de dança conhecidas como comparsas, que competem umas com as outras, mostrando suas coreografias, trajes coloridos e carros alegóricos. Dezenas de milhares de pessoas da Argentina e de todo o mundo viajam para lá para ver o espetáculo, que acontece no Corsodromo.
México (final de fevereiro e início de março)
As cores, a música e os carros alegóricos são os protagonistas do Carnaval mexicano, caracterizado pela diversidade. Veracruz é a cidade com a maior festa do país e uma das mais alegres do mundo. Começa com a “queima do mau humor”, uma paródia interpretada por um grupo de teatro que põe fogo no mau humor, representando situações ruins que acontecem na cidade. A comemoração termina com o “enterro de Don Juan Carnaval”, outra dramatização feita pelos foliões.
Estados Unidos (início de fevereiro até a última terça-feira do mês)
A cidade de Nova Orleans, terra do jazz marcada pelo mix de culturas francesa e africana, celebra, em fevereiro o famoso Mardi Gras (“terça gorda”). Essa tradição começou em torno de 1730, com colonos franceses e, atualmente, é uma das festas mais populares dos Estados Unidos, atraindo multidões de todas as partes do mundo nos dias que antecedem o Carnaval. Os desfiles são organizados por clubes, chamados de “krewes”. Cada parada tem seu próprio líder, como o Rex, Rei do Carnaval. As pessoas que ficam nos carros alegóricos usam máscaras e fantasias nas cores oficiais do Mardi Gras: roxo (que significa justiça), verde (fé) e dourado (poder). Elas também jogam para o público diversos objetos ao longo do desfile, como moedas douradas, bichinhos de pelúcia e colares, para dar sorte. É ferveção das boas!
Itália (final de fevereiro e início de março)
O Carnaval na cidade de Veneza é uma celebração mítica, que atrai um grande número de visitantes todos os anos para a Praça São Marcos – mesmo com as baixas temperaturas e as águas altas, quando o nível dos canais sobe e invade a cidade. A festa se caracteriza pelo uso de máscaras e figurinos luxuosos que reproduzem o estilo dos nobres que ali viveram nos séculos XVII e XVIII. A maior curiosidade fica por conta de que, no final do século XI, o Carnaval veneziano se prolongava por quase seis meses e o uso das máscaras havia se tornado tão habitual, que foi preciso criar leis para regular a utilização, pois muitos ladrões e assassinos se escondiam por trás delas, além de pessoas que cometiam adultério ou praticavam atos de sedução, protegidas pelo anonimato.
Inglaterra (final de agosto)
Na terra da Rainha, a festa popular é comemorada em agosto. Aproveitando o verão acontece neste período o “Notting Hill Carnival”, em Londres. O festival foi criado em 1966 e rola durante o final de semana do feriado bancário (Bank Holiday). Ele possui esse nome por acontecer no bairro Notting Hill, uma região que tinha grande muitos imigrantes caribenhos no início da década de 60. Atualmente, se tornou uma grande celebração das culturas dos povos latino-americanos, reunindo música, dança, trajes, artesanato, pratos e bebidas típicas.
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