Cidade lotada, colecionadores, compradores e admiradores. O fervido mundo das artes está em Miami para prestigiar e ceder às tentações da famosa feira Art Basel que acontece até domingo na cidade. Dias ensolarados e muitas exposições, mostras, feiras paralelas e festas fazem do evento o sucesso de sempre, apesar da reclamação de alguns galeristas, que falam de um certo cansaço no mundo das artes, ou como eles descrevem, ‘art fatigue’.
Mas os números apontam para um saldo positivo: 268 galerias de 35 países, incluindo o Brasil, com sua maior representação até agora, reunindo 14 galerias, entre elas, Luisa Strina, Fortes d’Aloia, Nara Roesler e Sim Galeria.
O que bombou?
- Os grafites do atual hype artist Kaws (Brian Donnely) que pôs seus fãs em fila para comprar uma de suas 100 impressões. Valor? Entre US$ 60 mi e US$ 75 mil.
- Nos primeiros 30 minutos da feira, o retrato da artista afro-americana Amy Sherald foi vendido por US$ 175 mil. Além de ser umas das primeiras artistas a levantar questões de identidade e discriminação, Sherald ganhou notoriedade quando Michelle Obama encomendou seu ‘portrait’ oficial, que hoje está pendurado na National Portrait Gallery em Washington.
- A exposição das esculturas em tamanho natural do artista americano George Segal, no estande da Galeria Templon.
- O quarto vermelho dedicado a Keith Haring, com algumas raridades como uma luminária de papel, um vaso e outros objetos ilustrados com seus conhecidos e famosos grafites, cortesia da Galeria Gladstone.
- A instalação Alchemie 396, de Julio Le Parc, no estande da Galeria Nara Roesler.
- Ainda no circuito das artes, Miami reúne mostras imperdíveis, como as novas aquisições da família Rubell, no museu Rubell Family Collection, uma das maiores e mais instigantes coleções de arte atual; visitas obrigatórias ao Perez Museum e ao Moore Building para ver o minimalismo pop de Gagosian e, ufa, uma passada pelo Miami Art District em Wynwood. Aliás, energia não faltou entre os art lovers em Miami. Os lotadíssimos Makuto, em Bal Harbour, e o hotel Delano na Collins Avenue provaram que o circuito não é para fracos. (por Eva Joory para Glamurama)