Apesar de não ser tão famoso internacionalmente quanto concorrentes como o Ritz ou o Plaza Athénée, o Hôtel Lutetia é um ícone de Paris e agora está ainda mais imponente. Localizado no número 45 do Boulevard Raspail, em um prédio de estilo art déco, o hotel fundado em 1910 foi fechado em 2014 para uma grande reforma e reaberto apenas recentemente, a tempo de receber quem viaja para a capital francesa para curtir o verão europeu.
As obras, coordenadas pelo arquiteto Jean-Michel Wilmotte, custaram € 200 milhões (R$ 902 milhões) e o objetivo era criar um projeto capaz de proporcionar novos ares e benfeitorias sem afetar a riqueza histórica do Lutetia, que foi onde James Joyce escreveu parte do clássico “Ulysses”. O resultado é um dos melhores points para hóspedes na Rive Gauche, desde que eles estejam dispostos a pagar pela exclusividade.
Construído pelos mesmos donos da loja de departamentos Le Bon Marché, o Lutetia teve seu número de suítes reduzido de 233 para 184. A diária da mais barata começa nos € 850 (R$ 3.833), enquanto uma estadia de uma noite na suíte presidencial não sai por menos de € 19 mil (R$ 85,7 mil). Todas têm vista privilegiada e, no rooftop, há um espaço que proporciona visão 360 graus da Cidade Luz.
Além dos hóspedes famosos de outras épocas – assim como Joyce, Pablo Picasso e Josephine Baker – o Lutetia é lembrado pelos parisienses principalmente por ter sido um dos points de resistência depois do fim da Segunda Guerra Mundial: foi nos corredores e salões do hotspot que muitos judeus perseguidos pelos nazistas se reencontraram com seus familiares por ordem do general e então presidente da França Charles de Gaulle. (Por Anderson Antunes)
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