Na semana que passou, George Gachot esteve em São Paulo para apresentar o longa na sessão de abertura do Festival de Cinema In-Edit Brasil, e também passou pelo Rio de Janeiro onde se encontrou com Caetano Veloso, que pediu pessoalmente ao diretor para ver o filme, que estreia no Brasil no dia 23 de agosto, assim que possível. No encontro, Caetano falou ao diretor: “Eu quero ver seu filme logo porque João Gilberto é o artista que mais influenciou meu trabalho.”
Glamurama apurou que Caetano foi a primeira pessoa que falou a Gachot, em 2003, durante as filmagens do doc sobre Bethânia, sobre a importância do artista para a MPB. “Ele me disse que para entender a música popular brasileira é preciso entender João Gilberto como o centro dela. A coerência e a importância deste tipo de criação no Brasil surgiu quando ele [João Gilberto] apresentou sua visão sintética e sua compreensão sobre o potencial criativo da música popular no Brasil. João fala sobre o passado, mas também sobre o futuro”, falou o diretor com exclusividade ao site.
Durante a produção do longa, não-autorizado por João Gilberto, o diretor perseguiu importantes momentos da vida do compositor, entrando em contato com amigos e parceiros do músico em sua jornada.
O mestre da bossa nova não participou de nenhuma exibição do filme e isso também não é esperado. Somente imagens e vídeos de acervo dele foram utilizados na produção. Miúcha, que foi casada com o artista entre 1965 a 1971 e teve uma filha, a também cantora Bebel Gilberto, tem importante participação na história e, após assisti-la, falou: “Um filme sobre um homem louco, feito por um diretor louco, tentando se encontrar com um outro louco.”
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