Não é novidade pra ninguém que o aquecimento global está causando há anos o derretimento de amplas zonas da Antártida. O que poucas pessoas sabiam é que as mudanças climáticas no planeta também estão resultando no aumento do Saara, o maior deserto quente do mundo. Isso foi anunciado em um estudo da University of Maryland, dos Estados Unidos, publicado na semana passada pelo “Journal of Climate” e que é um dos assuntos do momento na comunidade científica.
Autor do trabalho de pesquisa, o professor de ciências atmosférica e oceânica Sumant Nigam explicou ao “The Washington Post” que o fenômeno é “assustador” porque está acontecendo com mais força durante o verão africano, quando a incidência de chuva cresce e, em tese, o movimento das areias deveria ser menor. Esse aumento, se continuar por um longo período de tempo, pode pegar muitos países de surpresa com eventuais tempestades de areia jamais vistas, ele explicou.
Uma das regiões mais famosas do planeta, que ocupa boa parte da África do Norte, o Saara se alternou entre deserto e savana em ciclos de 41 mil anos, sendo que a vegetação deverá surgir por lá novamente daqui a 15 mil anos. Habitado por inúmeras tribos, também é um dos pontos turísticos mais visitados em toda a África e, mais recentemente, se tornou especialmente popular entre viajantes endinheirados que adoram uma boa aventura. (Por Anderson Antunes)
- Neste artigo:
- africa,
- África do Norte,
- aquecimento global,
- aumento,
- deserto,
- deserto quente,
- estudo,
- maior do mundo,
- mudanças climáticas,
- professor,
- Saara,
- Sumant Nigam,
- University of Maryland,