Criado há cinco dias no Instagram, o perfil @brigittemacron1 – atribuído a Brigitte Macron, mulher do presidente da França, Emmanuel Macron – já atraiu mais de 15 mil seguidores. Seria um sucesso, não fosse por um detalhe: a conta não é oficial, até porque a professora aposentada de 64 anos sempre foi e continua sendo superblasé em relação a redes sociais, apesar da abordagem constante dos assessores do marido que tentam convencê-la do contrário.
Mais do que qualquer tipo de charme, esse é um posicionamento estratégico adotado por Brigitte muito antes de Macron entrar de cabeça na corrida pelo Palácio do Eliseu, em meados de 2015, quando o político deu uma entrevista para um programa de TV famoso na França e, a partir daí, se tornou conhecido no país. E ela tem vários motivos para justificar a escolha – abaixo, a gente lista 5 deles. (Por Anderson Antunes)
Ela não quer ofuscar o marido
Aquela história de que por trás de um grande homem sempre existe uma grande mulher meio que define a situação de Brigitte. Totalmente ciente de seu valor e da atenção que atrai, ela sabe da importância de manter a discrição para não prejudicar o marido que, convenhamos, já lida com problemas suficientes. Ela raramente dá discursos, só concedeu uma grande entrevista até hoje e nem sequer sonha com o território minado das redes sociais, justamente para evitar atrair mais seguidores que Macron.
Ela prioriza o tête-à-tête
Brigitte faz parte da parcela dos franceses que priorizam o contato direto. Tanto que é ela mesma quem organiza suas próprias reuniões e a agenda de visitas a associações e escolas – a primeira-dama adotou causas ligadas à educação e aos deficientes físicos como sua função oficial. É por isso, aliás, que chama atenção nas visitas oficiais que faz com Macron a outros países, ocasiões em esbanja simpatia, distribui beijos e apertos de mão e quase nunca recusa tirar selfies. Resumindo, é dessa forma que ela se expõe.
Ela prefere escrever em vez de digitar
Uma das facilidades das redes sociais, no caso de pessoas conhecidas, é poder falar ao mesmo tempo com várias delas – e sem nenhum contato físico envolvido. Brigitte, no entanto, não vê a menor graça nisso e prefere… escrever, com caneta em punho mesmo. Destinatária de mais de 300 cartas que recebe diariamente (dez vezes mais do que o volume endereçado à antecessora, Carla Bruni), ela faz questão de ler boa parte das correspondências e responder várias delas pessoalmente.
Ela se dá por satisfeita com as contas de fãs
Como uma das poucas primeiras-damas com “pegada” pop no mundo, claro que Brigitte tem fãs em todos os cantos. E muito deles costumam homenageá-la criando contas no Facebook, Instagram e Twitter, ao exemplo dos próprios donos do @brigittemacron1. Acha que ela se importa? Nem um pouco, desde que eles não rompam nenhuma barreira ou exagerem na associação do status dela de “it girl” com grandes marcas além daquilo que pode beneficiar a indústria de moda francesa, bien sûr.
Ela não quer aparecer demais
Sem dúvida, Brigitte aprendeu a lição deixada pelo ex-presidente François Hollande, ocupante anterior do Eliseu. Para quem não lembra, as mulheres da vida dele rendiam mais notícias do que suas decisões como chefe de estado e a situação se tornou incontrolável. Um aceno para as multidões, a socialização na medida certa com outros poderosos e uma boa performance como primeira-dama, sobretudo nos bastidores, é o que ela tem para oferecer por enquanto, bem longe da tentação das curtidas virtuais. E a tática tem funcionado perfeitamente.
- Neste artigo:
- Brigitte Macron,
- Emmanuel Macron,
- frança,
- Instagram,
- motivos,
- Perfil,
- presidente,
- primeira-dama,
- Redes Sociais,