Sem poder dar as cartas no Uber desde que foi forçado a renunciar ao cargo de CEO, em junho, Travis Kalanick decidiu vender quase um terço de sua fatia de 10% no aplicativo de transporte urbano. O mais provável é que ele acabe fazendo negócio com os japoneses do Softbank, que na semana passada já tinham investido US$ 7,2 bilhões (R$ 23,3 bilhões) para se tornarem sócios dele. A transação, por sinal, reduziu o valor de mercado do Uber para US$ 48 bilhões (R$ 155, bilhões) – desde 2016, em razão de uma rodada de investimentos feita naquele ano, a empresa era avaliada em US$ 68,5 bilhões (R$ 222,1 bilhões).
Kalanick, cuja fortuna é estimada em US$ 5,1 bilhões (R$ 16,5 bilhões), deverá embolsar mais de US$ 1,4 bilhão (R$ 4,5 bilhões) em dinheiro vivo quando a venda sair do papel. O que ninguém sabe ainda é o que ele pretende fazer com a bolada, mas quem o conhece bem se arrisca em dizer que uma eventual aposentadoria precoce não faz parte dos planos do bilionário de 41 anos, que ainda não engoliu o fato de ter sido afastado do negócio revolucionário que ajudou a criar. (Por Anderson Antunes)
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