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Da esquerda à direita: Lucrécia (Tatá Werneck), Virgílio (Ricardo Pereira), Catarina (Bruna Marquezine) e Crisélia (Rosamaria Murtinho) || Créditos: Divulgação

A expectativa é alta em torno da estreia de “Deus Salve o Rei”, nova novela das sete da Rede Globo que vai ao ar a partir do dia 9 de janeiro. Isso porque a trama foge dos padrões tradicionais, tendo como pano de fundo os reinos medievais fictícios Montemor e Artena, com a promessa de muita aventura, batalhas e amores impossíveis. Às vésperas de sua estreia, Glamurama reúne detalhes do figurino e cenários únicos da trama, cujos bastidores foi marcado por um incêndio ocorrido em novembro, que destruiu parte do cenário. Espia só!

FIGURINO 

A produção de figurino de “Deus Salve o Rei” envolveu um grande trabalho de pesquisa da figurinista Mariana Sued e sua equipe. “Foram cinco meses de pesquisas. Foi necessário, é claro, entender a época, apesar de sabermos que não é uma reconstrução histórica”, explica Mariana, que buscou referências que vão desde as artes plásticas até a moda contemporânea. O figurino é formado por cerca de cinco mil peças e, para chegar ao resultado final, a equipe fez um moodboard com mais de 12 mil imagens de fontes diversas, como livros, museus, editoriais de moda, filmes e séries. Ao ver as primeiras imagens da trama é impossível não lembrar de “Game of Thrones”.

REINOS MÁGICOS 

Feira de Artena || Créditos: Divulgação

Para diferenciar os reinos de Artena e Montemor nos quais a trama de passa, a direção de arte optou por marcar a identidade visual de cada personagem com cores distintas. Os habitantes de Artena, uma aldeia mais simples e, ao mesmo tempo, mais exuberante e arborizada, usam tons mais frios, puxando para o azul, violeta, cinza e prata.

Castelo de Montemor || Créditos: Divulgação

Já os habitantes de Montemor, reino inspirado na cidade de Pals, na Espanha, com revestimentos de pedra e referências à força do minério e do metálico, têm uma paleta com tons de vermelho, marrons, verdes e dourado. “Estamos usando as cores para ajudar a criar um clima diferente para cada reino”, explica a figurinista, destacando que “a maior parte das peças está sendo produzida nos Estúdios Globo com equipes de costura e adereços que se dedicam não só à confecção, mas também ao tingimento, envelhecimento e composição de acessórios em couro e bijuteria”.

A VILÃ CATARINA (BRUNA MARQUEZINE) 

Catarina (Bruna Marquezine) || Créditos: Divulgação

“Para Catarina (Bruna Marquezine) pensamos em um figurino que fizesse um jogo de ‘mostra e esconde’, que fosse forte, mas sedutor, usando símbolos que remetessem a algum tipo de perigo. Isso se traduziu nos contrastes entre os tecidos pesados e as sedas esvoaçantes, nos decotes que nem sempre são revelados por causas das joias pesadíssimas, nos bordados em metais muitas vezes pontiagudos… As cores são suaves, mas não bobinhas. São sempre banhadas em cinza e lembram pedras como a ametista, pirita, silício…”, explica a figurinista ao Glamurama.

Na trama, Catarina será uma ardilosa vilã que vai disputar o coração de Afonso (Rômulo Estrela) com Amália (Marina Ruy Barbosa).

A MOCINHA AMÁLIA (MARINA RUY BARBOSA) 

Figurino da plebeia Amália (Marina Ruy Barbosa) || Créditos: Divulgação

Diferente de Catarina (Bruna Marquezine), a plebeia Amália (Marina Ruy Barbosa) vai contar com roupas mais clássicas e simples, compostas por corsets, saias rodadas e aventais, com paleta de cores intensas e acabamentos rústicos. Atenção aos acessórios, que também seguem estética rudimentar. A novela marca a primeira vez que Marina interpreta uma mocinha de época. Amália é trabalhadora, humilde e vende caldos na feira.

AFONSO (ROMULO ESTRELA) e RODOLFO (JOHNNY MASSARO)

Afonso (Romulo Estrela) e Rodolfo (Johnny Massaro) || Créditos: Divulgação

“Optamos por fazer figurino e caracterização que podem parecer semelhantes mas, ao olharmos com mais cuidado, vemos as diferenças entre um e outro. Afonso tem um guarda roupa enxuto, com poucas peças, todas muito parecidas e austeras, correspondendo ao papel de príncipe / futuro rei que parece lhe cabe.” O personagem conta com dois momentos: primeiro, como príncipe e, depois, plebeu. “Os trajes de príncipe são bem sóbrios, com pouca variação. Quase militar. Ele vai usar muita lona e couro preto e vinho, que são cores de Montemor. Quando vira plebeu, até mantém as cores de Montemor, mas passa a usar muito marrom em tecidos mais rústicos”, explica Mariana.

“Já Rodolfo é mais vaidoso e bon vivant, e seu guarda roupa denuncia um interesse estético mais extravagante, um excesso e podemos ver nele mais cores, tecidos , jóias e etc.  Ele quebra as regras da corte, anda sempre mais descontraído e descompromissado e só se rende à fantasia de príncipe caso seja obrigado, o que acaba acontecendo em solenidades e grandes eventos”, completa a figurinista.

CENÁRIO TOTALMENTE INDOOR 

A novela está sendo gravada quase que totalmente em uma cidade cenográfica nos Estúdios Globo, no Rio. São dois galpões, medindo 35m X 70m e 35m X 75m. No primeiro, foi montado o reino de Montemor, com castelo e cidade fictícia. No segundo, o reino de Artena e uma grande área de chroma key para as cenas que envolvem efeitos visuais, floresta e as sequências de batalhas.

A construção dos dois galpões levou cerca de dez dias. “Uma cidade cenográfica totalmente indoor é um projeto antigo que vai facilitar muito as gravações, sobretudo em relação às condições climáticas e às correções de luz. Também vai possibilitar a utilização de materiais como o barro, por exemplo”, explica o cenógrafo Keller Veiga.

Cozinha de um dos reinos de “Deus Salve o Rei” || Créditos: Divulgação

São cerca de 6 mil metros quadrados de lona translúcida que fazem a cobertura dos galpões. “Esta cobertura serve como um grande rebatedor de luz e dá o tom ideal para a identidade visual da novela. Cortinas pretas também fazem o controle da luminosidade”, completa.

Inspirada na cidade de Pals, na Espanha, Montemor tem revestimentos de pedra e referências à força do minério e do metal, além do castelo com pátio interno, uma vila composta por taberna, ferreiro e casas de alguns personagens. Já Artena é uma aldeia com construção mais simples e, ao mesmo tempo, mais exuberante e arborizada. Lá, além das casas de alguns personagens, estão as barracas de Amália (Marina Ruy Barbosa) e a loja de tecidos de Virgílio (Ricardo Pereira).

Pals, na Espanha, serviu de inspiração para a criação do reino Montemor || Créditos: Reprodução

A parte interna do castelo de Montemor, incluindo os quartos de Rodolfo (Johnny Massaro), Afonso (Romulo Estrela), rainha Crisélia (Rosamaria Murtinho), a sala de jantar e o salão com trono precisou ser reconstruída depois um incêndio destruiu o galpão de apoio às gravações da novela, em novembro.

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