Cofundador da The Weinstein Company, Harvey Weinstein teve sua demissão da produtora anunciada na noite desse domingo por causa das acusações de assédio sexual feitas contra ele na última quinta-feira em uma matéria bombástica publicada pelo “The New York Times”. “Diante das informações sobre a conduta inapropriada adotada por Harvey Weinstein, os diretores da The Weinstein Company – Robert Weinstein [irmão do bambambã de Hollywood], Lance Maerov, Richard Koenigsberg e Tarak Ben Ammar – determinaram e já o informaram que seu vínculo empregatício está encerrado, com efeito imediato”, a empresa disse em um comunicado.
Como Glamurama contou na semana passada, várias mulheres – inclusive famosas como a atriz Ashley Judd – afirmam ter sido vítimas da “conduta imprópria” dele no ambiente de trabalho e, em alguns casos, até de abusos sexuais cometidos pelo produtor, que é casado com a estilista e cofundadora da Marchesa Georgina Chapman.
Weinstein nega que tenha cometido os crimes, embora tenha admitido que cometeu erros no passado e está fazendo o possível para melhorar, e contratou e advogado Charles J. Harder para processar o “Times” por calúnia e difamação em uma batalha judicial na qual espera receber até US$ 50 milhões (R$ 158,4 milhões) de indenização.
O caso é um dos assuntos do momento na imprensa americana e nos últimos dias várias pessoas vieram a público para relatar outras experiências ruins que tiveram com Weinstein. Uma destas pessoas foi o ator Nathan Lane, que em entrevista ao “New York Post” contou ter sido “colocado contra uma parede” por ele por conta de uma piada que fez em uma festa de aniversário de Hillary Clinton há 17 anos. Enquanto isso, já existem especulações sobre um possível boicote contra a Marchesa, a grife hypada da qual Georgina é sócia, em razão do silêncio dela sobre a situação delicada do marido, o que não está pegando nada bem. (Por Anderson Antunes)