Nem todos os franceses estão aplaudindo a contratação de Neymar pelo Paris Saint Germain, que foi oficializada na última sexta-feira naquele que já entrou para a história como o maior negócio envolvendo um jogador de futebol. Muitos, aliás, recorreram às redes sociais para reclamar sem rodeios da homenagem feita ao brasileiro durante algumas horas da noite de sábado e madrugada do domingo, quando a Torre Eiffel ficou iluminada com as cores do time e o nome dele junto com a frase “bem-vindo”.
“Transformar a Torre Eiffel em meio de publicidade é um pouco demais, não acham?”, o deputado Yves Jégo, que representa a região de Sena e Marne, postou no Twitter. Sem a mesma finesse do político, outros usuários do microblog consideraram a ação – que custou 50 mil, pagos pelo PSG – um exagero e até um equívoco, já que Neymar enfrenta problemas com os fiscos do Brasil e da Espanha por supostos crimes de sonegação de impostos e, em razão disso, não se enquadraria no perfil do que consideram ser um cidadão modelo digno de tamanha honraria.
Polêmicas à parte, ao menos o PSG já tem motivos de sobra para comemorar – as entradas do Parc des Princes, a casa do clube no oeste de Paris, vivem lotadas de torcedores loucos para ver de perto o ex-craque do Santos desde a semana passada e as vendas das camisetas oficiais com o nome dele já renderam perto de 1 milhão em apenas três dias, sem falar que Neymar está sendo tratado como rei por Nasser Ghanim Al-Khelaifi, o dono do PSG, com
quem tem linha direta. (Por Anderson Antunes)
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