Com a ação da Snap Inc., que controla o Snapchat, operando abaixo do valor que alcançou em sua estreia na bolsa no início de março e a concorrência cada vez mais acirrada do Instagram, vários integrantes da alta cúpula da empresa estão descontentes com o comportamento blasé e o distanciamento de seu principal acionista e CEO, Evan Spiegel, em relação ao furacão no qual se encontram.
E por anda o jovem bilionário em tempos tão bicudos? Desde a semana passada, Spiegel e a top Miranda Kerr – com quem ele subiu ao altar em maio – estão viajando pela costa da Itália a bordo do megaiate “Joy”, alugado pelo bilionário por € 840 mil (R$ 3,1 milhões) semanais. “Enquanto ele se esbalda com as delícias italianas os acionistas do Snap engolem perdas atrás de perdas”, um investidor anônimo que colocou dinheiro no aplicativo reclamou para o “New York Post”.
Exageros à parte, é fato que desde que abriu o capital em março o Snapchat perdeu quase 30% de seu valor de mercado, embora muita gente tenha lucrado alto com o IPO classificado na época como o maior do ano. O próprio Spiegel embolsou mais de US$ 800 milhões (R$ 2,5 bilhões) com o negócio, mas a maior parte da fortuna dele, estimada em US$ 3,3 bilhões (R$ 10,3 bilhões), ainda está na fatia em torno de 18% do app que ele possui.
Enquanto isso, o analista de mídias digitais David Pierpont acredita que dificilmente o Snapchat vai recuperar o território que perdeu para o Stories, lançado pelo Instagram no ano passado. “Aquilo foi a morte do Snap. Quando aconteceu todo mundo pensou ao mesmo tempo: ‘Acabou.'”, Pierpont disse em uma entrevista que concedeu para o canal CNBC nesta quarta-feira e que está repercutindo muito em Wall Street. (Por Anderson Antunes)
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