Quando foi contratada pela Warner para dirigir “Mulher Maravilha” em 2015, Patty Jenkins tinha apenas um filme no currículo (o premiado “Monster: Desejo Assassino”, com Charlize Theron) e a desconfiança de boa parte dos executivos do estúdio e da indústria de cinema de maneira geral sobre sua capacidade de transformar a famosa heroína em um sucesso também na telona, já que nunca antes uma mulher havia recebido uma tarefa tão complexa.
Na época ela até precisou assinar um contrato para produzir apenas um longa baseado na personagem da DC Comics, algo pouco comum em se tratando de superproduções sobre heróis dos quadrinhos, que exigem o comprometimento por anos de elenco e equipe de produção. O que ninguém esperava é que “Mulher Maravilha” seria um sucesso tão grande – desde a estreia, na semana passada, a história sobre Diana Prince e companhia já faturou mais de US$ 240 milhões (R$ 785,5 milhões) nas bilheterias mundiais.
E Patty, que é feminista de carteirinha e começa em breve a negociar a renovação do acordo com a Warner para dirigir uma continuação do filme, agora tem em mãos um poder de barganha poucas vezes visto na história de Hollywood, e o mais provável é que ela entre para o seleto clube dos diretores que embolsam uma fatia dos lucros gerados pelas fitas que assinam, se tornando a primeira mulher a conquistar o feito. (Por Anderson Antunes)
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