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tamanho baleia
Baleia Jubarte em Maui || Créditos: Divulgação

Carla Palermo, glamurette que entende tudo sobre viagens, dividiu conosco sua experiência na ilha de Maui, no Havaí. Voilà!

Esta foi a minha segunda visita ao Havaí. E a primeira a Maui. Fazia tempo que eu andava com essa ilha na cabeça… Agora a tenho no coração.

Esqueça o que você sabe sobre Oahu, a ilha mais visitada do arquipélago, com a famosa Waikiki e seus arranha céus à beira-mar, shopping centers e grupos de turistas orientais. Maui é o oposto. Um lugar onde o tempo parece passar mais devagar. Aqui o Havaí é mais autêntico.

A começar pela natureza. Maui é o refúgio das baleias jubarte, para onde elas migram nessa época do ano. Aproveitando suas águas quentes e tranquilas, longe de predadores, escolhem aqui para procriar e cuidar de seus “pequenos” bebês de 2 toneladas. É possível sair em passeios de barco inesquecíveis para avistar (muito de perto) estes lindos e dóceis mamíferos.

Outra saída imperdível de barco é até a ilha de Molokini. A poucos minutos da costa, Molokini é uma ilha em forma de meia lua que emerge no meio do azul. Na verdade, o formato inusitado é o que restou da cratera de um vulcão submerso e acabou se transformando em santuário para peixes tropicais. Com águas totalmente protegidas e visibilidade de mais de 30m, é um dos mais incríveis pontos de snorkel do planeta.

Um dos mais procurados passeios é assistir ao nascer do sol do alto do vulcão inativo Haleakala. A medida que o sol surge por entre as nuvens, o céu se inunda de cores impressionantes. Os mais aventureiros escolhem descer os 60 km de estrada de mountain bike.

A Road to Hana faz um delicioso passeio pela costa da ilha. Uma jornada de dia inteiro pela sinuosa Hana Highway. O dia começa cedo na cidadezinha charmosa de Paia. O Kuau Store é um mercadinho orgânico delicioso, o melhor lugar para abastecer sua cesta de piquenique. Ali pertinho fica a praia de Ho’okipa: ótima parada para tomar seu café da manhã, enquanto assiste às impressionantes manobras dos surfistas. Lá fomos premiados com um arco-íris em cima do mar. A partir daí até Hana, são mais de 600 curvas, e cada uma parece desvendar um lugar mágico a sua frente. Praias de areia preta, praias de areia vermelha, encostas, florestas, jardins e cachoeiras. E mais cachoeiras. E as espetaculares Seven Sacred Pools, uma sequência lindíssima de cachoeiras, cada uma com sua piscina natural, que vão descendo em patamares através do vale até que desembocam no mar. O grand finale de um belíssimo passeio.

Maui não é só natureza. Mas não imagine grandes centros urbanos. Duas charmosas cidadezinhas valem a visita: Paia e Lahaina. Lahaina é um antigo porto baleeiro, que hoje reúne charmosas lojinhas locais, surf-shops e pequenos restaurantes. Terminar o dia jantando no premiado Lahaina Grill é uma excelente pedida. Paia é um vilarejo mais alternativo, com uma clima hippie chic delicioso.  O ponto de partida da Road to Hana, tem lojinhas super charmosas e o mais especial restaurante da ilha: o Mama’s Fish House. Uma linda casa na frente da praia, com uma decoração tropical-polinésia que beira o kitsch. O peixe é mais do que fresco, tem até pedigree: o cardápio traz diariamente o nome do pescador e o local onde foi pescado.

Maui é uma ilha deliciosa, tem um quê de Havaí mais tradicional, menos turístico. Um lugar para se conectar com a natureza, curtir o momento e a energia de uma ilha mágica, cheia de lendas. A minha preferida conta que o semi Deus Maui, incomodado pelo fato de sua mãe não conseguir terminar seu trabalho todos os dias antes do pôr do sol, decidiu segurar o sol com uma corda, para que ele se movesse então mais lentamente. E assim teríamos dias mais longos para aproveitar este paraíso. (Por Carla Palermo)

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