Aquele sorriso largo e permanente no rosto de Nego do Borel não é à toa. Na crista da onda, ele ganhou o Brasil cantando “Hoje É Dia de Maldade”, surpreendeu ao mostrar o lado ator em Malhação e o talento para a dança no Faustão. À J.P, conta ser hiperativo, viciado em videogame e romântico assumido. E ainda sente saudade de soltar pipa no bairro onde nasceu e cresceu – o Morro do Borel, no Rio.
Da Revista J.P de janeiro de 2017
Revista J.P: Quem é Leno Maycon Viana Gomes?
Nego do Borel: Um cara brincalhão, de bem com a vida e muito agradecido a Deus por tudo que conquistou.
Revista J.P: Como se tornou o Nego do Borel?
Nego do Borel: Nos bailes do bairro, vendo shows de caras como o MC Menor do Chapa. Quando comecei a carreira era MC Nego e só me tornei Nego do Borel quando saí de lá.
Revista J.P: O que é um showman?
Nego do Borel: É um cara tipo o Nego.
Revista J.P: Como surgiu seu lado artístico?
Nego do Borel: Desde criança sonhava com isso. Brincava como se estivesse no palco, cantando e atuando. Mas me descobrir ator foi realmente uma novidade.
Revista J.P: Qual a lembrança que tem do primeiro show?
Nego do Borel: Uma emoção tão forte no coração que nem consigo descrever…
Revista J.P: O que te faz rir?
Nego do Borel: Qualquer besteira eu já estou rindo.
Revista J.P: Qual o lado sério do Nego do Borel?
Nego do Borel: O profissional. Minha carreira e meu futuro são muito importantes pra mim e levo com seriedade.
Revista J.P: No que você não para de pensar?
Nego do Borel: No meu futuro.
Revista J.P: Como foi a infância no Morro do Borel?
Nego do Borel: Muito humilde. Passei por muita coisa, perdi amigos. Mas tinha uma parte boa que era ficar soltando pipa. Fazia isso o dia todo.
Revista J.P: Qual seu lugar favorito no morro?
Nego do Borel: A área da Figueira. É lá que eu e meus amigos nos reunimos desde sempre.
Revista J.P: Como se manteve longe da violência e do tráfico?
Nego do Borel: Papai do céu me reservou um destino melhor e a música me manteve longe dessa vida.
Revista J.P: Qual a mentira que mais falam sobre os morros cariocas?
Nego do Borel: Que só tem bandido.
Revista J.P: Quem é o seu ídolo?
Nego do Borel: Minha mãe. Pela pessoa que ela é e por tudo que sempre fez por mim. Também quero gravar com o Seu Jorge, ele é demais!
Revista J.P: O que é ostentação?
Nego do Borel: É tentar demonstrar que tem dinheiro. Para falar a verdade, nem ligo mais. Comecei a fazer amizades e frequentar locais que me mostraram que isso não importa.
Revista J.P: Primeira coisa que comprou quando teve dinheiro?
Nego do Borel: Um computador.
Revista J.P: Qual é o seu vício?
Nego do Borel: Videogame. Adoro os de futebol porque trazem a emoção do jogo real. E a gente ainda controla nossos ídolos do esporte.
Revista J.P: A frase que mais usa?
Nego do Borel: “Qual é, cumpade?” hahahahhaha.
Revista J.P: Qual é o seu dia de maldade?
Nego do Borel: Com tanto trabalho, o dia de maldade atualmente é juntar meus amigos de infância e os novos, tomar uísque com energético e ficar falando besteira lá em casa.
Revista J.P: Um talento escondido?
Nego do Borel: Era atuar, mas já não é mais escondido. Falo e demonstro tudo que sou.
Revista J.P: É romântico?
Nego do Borel: Muito. Quando estou namorando sou do tipo que manda flores, leva pra jantar, fala coisas bonitas.
Revista J.P: Sexo ou amor?
Nego do Borel: Sexo com amor. Amor sem sexo que é complicado.
Revista J.P: Ficar sozinho dá caô?
Nego do Borel: Dá sim…
Revista J.P: Qual a sua comida preferida?
Nego do Borel: Estrogonofe e bife com feijão.
Revista J.P: O que espera para 2017?
Nego do Borel: Notícias melhores para o nosso país.
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