A busca incessante pelo novo de Vera Souto está prestes a dar vida a uma nova exposição, com duração curta porém intensa, no Espaço Aldeia, em Pinheiros, São Paulo. Na noite de abertura de “Sinfonias Gráficas”, que acontece nesta quinta-feira, serão exibidos três desenhos feitos sob papel, tendo 10 metros cada um deles, inspirados em pergaminho japonês – pinturas de parede -, e que podem ser cortados e vendidos em pedaços. São desenho abstratos e gestuais feitos com carvão, nanquim, pincéis e escovas, em movimentos livres. “Comecei este trabalho em dezembro de 2013, depois parei, deixei repousar. É mais arte visual do que artes plásticas”, conta Vera.
“A paisagem urbana do grafitti, expressão democrática e generosa de um compartilhamento coletivo, inspirou Vera na ideia de oferecer sua obra aos pedaços. Desde o início, foi concebido assim: escolhe-se um recorte, enrola-se no tubo, leva-se para casa, sem a pretensão acadêmica da moldura ou do suporte”, disse Nirlando Beirão em texto dedicado à mostra, que segue em cartaz apenas até este sábado.
Sobre a artista
Vera Souto nasceu em 1950, em São Paulo, e estudou desenho com Frederico Nasser. Depois, cursou Escola Brasil novamente com Nasser, e também José Rezende, Carlos Fajardo e Luís Paulo Baravelli (1970). É formada em publicidade pela Faculdade Anhembi-Morumbi (1974). Entre 1973 e 2010 trabalhou como designer de objetos e de moda. Atualmente, divide ateliê com as artistas Marilu Beer e Branca de Oliveira.
“Sinfonias Gráficas”
Espaço Aldeia
Rua Lisboa, 445, Cerqueira César, São Paulo
+www.verasouto.com.br
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