Uma noite mais que exclusiva para ficar na memória: Gal Costa desfilando seus sucessos aos pés do Cristo Redentor, sob uma lua irretocável, com o Rio todo iluminado lá embaixo. E a gente assistindo a tudo isso em um lounge montado grudadinho nela, com poltronas, almofadas e folhas espalhadas pelo chão. Na plateia, apenas 60 pessoas. Que tal?
“É uma honra estar neste lugar sagrado. Que benção. Com todo esse universo a nossa volta….” Foi assim que ela começou seu pocket show, acompanhada apenas pelo violão de Guilherme Monteiro. “Com os arranjos do Guilherme, qualquer cantora deita e goza. Então, apesar de ele morar em Nova York, quis fazer um negócio com ele. Esse negócio que eu estou falando é música, viu, gente? Ou seria quase um incesto. Mas pra ele seria ótimo. E pra mim também”.
E vieram “Meu Nome é Gal”, “Baby”, “Gabriela”, “Folhetim”… “Eu sinto não exatamente um medo de altura, mas algo assim. Nem me movimento muito porque fico meio tonta. Mas quando eu era pequena, lá em Salvador, o céu era muito estrelado. Eu olhava e ficava imaginando outras galáxias, pensando que deveria haver outros seres, que tudo era habitado. Eu chegava a um ponto de concentração tão grande que parecia que eu ia mergulhar no universo – de tão intenso. Hoje achei que o som não ia ficar bom aqui no Corcovado porque a gente não está em uma sala, uma caixa. Mas o cosmo é maior. Em São Paulo, não vejo estrela. Me dá um certo desespero…”
Preta Gil, afilhada de Gal, Guilhermina Guinle, Debora Nascimento e José Loreto, Tiago Abravanel, Ricardo Pereira e outros globettes convidados de Carol Sampaio: todos boquiabertos com a apresentação, o cenário, tudo. Aqui embaixo, trechinhos do show. Play! (por Michelle Licory)
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