“Interpretar Elis é um desejo que tenho desde os 19 anos. Meu maior desejo como atriz”, nos confessou Andreia Horta, que dá vida à diva da MPB no longa de Hugo Prata, ainda sem previsão de estreia. “Cheguei a ser obrigada a sair do projeto porque o dinheiro para o filme foi liberado junto com a data de ‘A Regra do Jogo’ [ela tinha sido escalada para o papel da protagonista, Toia, mas acabou sendo dispensada da novela], só que aí a Elis não deixou eu ficar de fora e consegui voltar”.
“Como a veia dela saltava”
“Tive aulas de canto. Meu desejo sempre foi que a voz da Elis é que aparecesse nas cenas cantadas. Quando se escuta ela é que o coração balança, mas as aulas foram para fazer a respiração igual a da Elis e fazer a minha veia saltar como a dela saltava… Estou desde 2012 nesse processo. Os momentos mais emocionantes das filmagens? Ah, foram ‘O Bêbado e a Equilibrista’, que virou o hino da anistia, e ‘Fascinação’, que na minha cabeça eu estava cantando pra ela”.
“Foi careta a vida inteira”
Por que esse fascínio por Elis? “Ela era muito fiel aos seus impulsos, além de inteligentíssima. Dona de um ouvido brilhante. E ainda por cima era amorosa, boa dona de casa, cozinhava…” Sobre a questão das drogas, que causaram sua morte: “Ela foi careta a vida inteira. Experimentou droga só oito meses antes de morrer. Foi um acidente, uma dosagem a mais. Ela tinha uma melancolia, sim, mas não depressão”. (por Michelle Licory)
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