J.J. Abrams é o cara da vez. Diretor do novo Star Wars, ele está com tudo em Hollywood, sendo requisitado para uma série de trabalhos e sendo considerado por muitos o melhor diretor de ficção científica atualmente. Ele conseguiu criar uma das séries mais polêmicas e cativantes dos últimos 10 anos, uniu os dois grupos nerds que mais se odiavam entre si – fãs “Star Tracks” e “Star Wars” -, e mesmo quando erra, acaba se saindo bem. Glamurama lista os 4 motivos que elegm Abrams o cara do momento em Hollywood.
“Lost”
Goste ou não de “Lost”, é inegável a força que a série teve. Foram seis temporadas que quebraram recordes da televisão americana, e conseguiram manter um nível de suspense só antes visto em “Arquivo X”. A série também foi pioneira em discutir conceitos de astrofísica com um pezinho na realidade, misturando a lenda do Triângulos das Bermudas com o purgatório imaginado por Dante Alighieri em “A Divina Comédia”. A aposta teve seus preços, com a série tendo um final insatisfatório, deixando de resolver uma série de mistérios, o que não tira os méritos de Abrams em sua aposta, que o projetou para Hollywood.
O renascimento de “Star Trek” nos cinemas
A primeira empreitada de Abrams no cinema com ficção científica foi um enorme desafio: resgatar a série “Star Trek” nos cinemas. Desde 2002 a série não figurava na telona e os últimos filmes tinham sido fracassos de bilheteria. O diretor viu o problema que tinha e resolveu revolucionar. Todos os outros filmes de “Star Trek” foram baseados na série de televisão, usando os mesmo atores e ganchos da telinha. Abrams deu o reset na série, criando um universo completamente novo para o cinema, renovando a linguagem visual e elenco. A aposta deu certo. O “Star Trek” de 2009 foi enorme sucesso, considerado por muitos melhor que os “Star Wars” da nova trilogia, com ótimas cenas de ação usando o que há de melhor em efeitos especiais. O filme rendeu continuação com “Além da Escuridão – Star Trek”, também dirigida por ele. Com o compromisso com a série “Star Wars”, Abrams saiu da direção de “Star Trek Beyond”, mas continua na produção.
O novo “Star Wars”
O filme ainda não foi lançado comercialmente, entra em cartaz no Brasil à meia-noite desta quinta-feira e nos Estados Unidos na sexta. Mesmo assim, já quebrou recordes de pré-venda e está com 99% de aprovação no site Rotten Tomatoes, com críticas de cinema do mundo inteiro. Tudo isso é resultado de um processo extremamente cuidadoso orquestrado por Abrams e os estúdios Disney, novos detentores dos direitos da saga. Para escrever o roteiro “O Despertas da Força”, o diretor chamou Lawrence Kasdan, de “O Império Contra-Ataca” e “O Retorno de Jedi”, considerados os melhores filmes da saga. Mesmo assim, foi reescritos cinco vezes, tudo para garantir que a continuação fosse bem feita. Além disso, a Disney tomou todos os cuidados possíveis para segurar a divulgação de imagens do filme, tudo em prol do efeito surpresa.
Flares
Flares? Você provavelmente nunca ouviu falar disso, mas com certeza já viu. É um efeito que imita a presença de um objeto brilhante em frente à tela, dando a sensação de luz estourada. Normalmente fotógrafos evitam isso, mas diretores de cinema usam como parte de seu estilo, para ressaltar a intensidade da luz em uma ou outra cena. O problemas é que J.J. Abrams usa muito o efeito: no primeiro “Star Trek” os flares foram usados 721 vezes, no segundo, 826. O excesso foi tanto que já virou uma grande brincadeira em Hollywood, com diversos vídeos brincando com o amor de Abrams pelo efeito. O diretor já até pediu desculpas pelo uso excessivo e prometeu maneirar em Star Wars.
Abaixo, assista a um dos vídeos que brincam com o efeito flare de J.J. Abrams.
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