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Nós já contamos aqui que a dupla José Padilha e Marcos Prado está em ritmo acelerado com a campanha do Oscar. E o Brasil pode ter ainda mais uma produção no tapete vermelho em Los Angeles. Quem também se prepara para a corrida em busca da cobiçada estatueta dourada é a dupla Tatiana Issa e Raphael Alvarez, com o premiadíssimo documentário “Dzi Croquettes”. O filme, que mostra a história de um grupo de atores e dançarinos que se tornou símbolo da contracultura na ditadura militar, já acumula 23 prêmios por festivais pelo mundo e, como "Tropa de Elite 2", também ganha espaço no circuito americano a partir desta semana.

* A estreia em Los Angeles está prevista para esta sexta, dia 11, e chega a Nova York uma semana depois, dia 18, com direito a pré-estreia no dia 17. E o próximo passo deve ser a estreia em circuito europeu. A diretora – e filha do cenógrafo Américo Issa, um dos "Dzi Croquettes" – conta com a trajetória de superação do longa para sensibilizar os membros da Academia. "O filme não teve nenhum patrocínio, fala de temas delicados e pertinentes aos dias de hoje – movimento gay, Aids, ditadura, liberdade de expressão – e se tornou o documentário mais premiado do Brasil", afirmou Tatiana, que nasceu em plena efervescência do grupo.

* A diretora, que mora em Nova York, assim como o parceiro, Raphael Alvarez, contou ainda estar duplamente feliz, pois o grupo receberá, "35 anos depois", a condecoração de Honra ao Mérito das mãos da presidente Dilma Rousseff. Além disso, o longa foi censurado há pouco na China, o que, para Tatiana, só reforça a importância de se enaltecer esse projeto. "Somos o que chamam aqui em Nova York de ‘under-doc’, estamos competindo com documentários de grandes produtoras. Mas o Brasil está em alta, tem muita coisa da história do filme ganhando atenção da mídia. Esse filme é cheio de ‘primeira vez’, foi qualificado ao Oscar por uma campanha popular. No páreo a gente está, o resto é sorte." Quem sabe a indicação ao Oscar seja mais uma primeira vez? Glamurama está na torcida.

Por Pedro Henrique França, de Nova York

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