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||Créditos: Tuca Reinés/Revista J.P

 

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A artista plástica Nina Pandolfo leva cor pra todo canto. Mesmo assim, sentia falta de vida em seu apartamento, que, depois de uma repaginada, se transformou em seu verdadeiro ninho

Por Thayana Nunes para a Revista J.P
Fotos Tuca Reinés

“Me sinto como um passarinho, que, mesmo voando, sempre volta para o ninho.” Foi com essa frase que Nina Pandolfo deu o tom da reforma que fez em seu apartamento, no bairro do Cambuci, em São Paulo. Acostumada a viajar o mundo para colorir muros e museus com suas icônicas meninas, ela queria que a morada tivesse sua cara e traduzisse o mesmo sentimento de quando está nos lugares onde mais se sente à vontade: na Índia fazendo um mural, na Escócia pintando um castelo ou mesmo no seu estúdio, onde passa a maior parte do dia. “Eu queria ter o meu refúgio”, filosofa ela, hoje solteira após o fim do relacionamento com o grafiteiro Otávio Pandolfo, da dupla osgemeos.

Com a ideia na cabeça, o próximo passo foi encontrar a ajuda de quem entende: entraram em cena o casal de designers de interior Neza Cesar e Sergio de Divitiis, que, assim como ela, ama garimpar peças em antiquários e depósitos e, claro, é apaixonado por cores fortes e vibrantes.

No primeiro bate-papo, não faltaram referências para compor a história do novo apartamento. Como a artista é superfamília e sente saudade da casa da mãe, por que não usar as peças de crochê feitas por ela para enfeitar a mesa de jantar? Ou exibir aquele jogo de xícaras incrível que antes ficava escondido? “O que a gente tem são os nossos tesouros, precisamos mostrar esses objetos”, conta Neza, que emoldurou também obras e desenhos antes esquecidos, criou estantes para acomodar os toy arts comprados em viagens e reformou luminárias e cadeiras inglesas.

As paredes, antes brancas, foram as que mais ganharam a personalidade da dona, que, sem medo, escolheu o roxo e o azul-turquesa para as salas principais. Já o vermelho ganhou destaque no sofá, repleto de almofadas assinadas pela amiga Adriana Barra, e o laranja está nas cortinas e nas pastilhas da cozinha. Para contrabalancear tan ta cor, cortinas em tons mais neutros e móveis de madeira foram usados, como o aparador retrô, as mesas laterais e os bancos da copa. Aliás, a madeira de demolição compõe toda a varanda de Nina. Colocada nas paredes, ela dá um ar de casa do interior, que ganha força com a churrasqueira forrada de azulejos coloridos, garimpados pela própria artista plástica, nascida em Tupã, interior paulista, e caçula de uma família – daquelas bem italianas – de cinco filhas.

Uma sala com um ofurô estilo japonês que já existia no apartamento – aliás, Nina é fã da cultura nipônica – é sem dúvida um dos ambientes mais aconchegantes da casa. Ali, um futon enorme e cheio de almofadas convida para momentos de meditação e descanso, mas também para a festa de inauguração que ainda será marcada. “Só falta uma tela. Quero terminar o retrato de Mia (a fofa jack russell terrier, de 2 anos). Depois disso, vou trazer todo mundo para cá para fazer a verdadeira open house”, em um grande vernissage particular.

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A “casa de boneca” da artista plástica Nina Pandolfo

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