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André Mifano, Claude Troisgros e Felipe Bronze: “The Taste Brasil” || Créditos: Miguel Sá/ Divulgação
André Mifano, Claude Troisgros e Felipe Bronze: "The Taste Brasil" || Créditos: Miguel Sá/ Divulgação
André Mifano, Claude Troisgros e Felipe Bronze: “The Taste Brasil” || Créditos: Miguel Sá/ Divulgação

Nessa quinta-feira, Felipe Bronze abriu as portas de seu apartamento no Alto Leblon para Claude Troisgros e André Mifano, seus companheiros de “The Taste Brasil”, para os três assistirem juntos à estreia do reality show, no GNT. Tadeu Schmidt, Bel Kutner, Antonia Leite Barbosa, Thomas Troisgros [filho de Claude] e Renata Capucci também estavam entre os convidados, além do Glamurama, claro. As pessoas se espalharam pelos sofás e os chefs sentaram no chão mesmo. Tudo num clima descontraído, com um fazendo piada com o outro o tempo todo e a sala inteira dando risadas. “Não há maior homenagem que eu possa fazer ao Claude do que ganhar dele”, disse Felipe no programa, para delírio da miniplateia presente. Mas antes da exibição do primeiro episódio, a gente conversou com o trio, separadamente. E deu pra sentir que o clima é de competição, sim. Vem ver aqui embaixo! (por Michelle Licory)

Felipe: “Sou de longe o mais competitivo, mas o André é blasé”

“Eu, de longe, sou o mais competitivo. Na verdade, sou eu o que disfarça pior. Todo mundo é…  Esse programa é disparado o mais legal que eu já fiz e que eu poderia pensar em fazer na vida. A dinâmica é o máximo, de verdade… É hands on, mão na massa… A gente quer que os competidores melhorem porque a gente quer ganhar. Não é só ficar dando esporro. O André é mais blasé, mas, na hora que o bicho pega, todo mundo quer vencer. Conviver com os dois no set foi impagável. A gente ria o dia inteiro. Tentei montar meu time com profissionais. Se o cara é profissional, quer mais ainda ganhar o ‘The Taste’ porque ele sabe que aquilo vai dar um empurrão na carreira dele. É um carimbo na vida profissional. Minha estratégia partiu daí. Buscava no sabor algo que eu pudesse perceber uma técnica apurada, de profissional. Antes de mais nada, estou muito curioso pra ver no ar. Fiquei nervoso, preocupado, triste, feliz, chorei, fiquei puto. Vivi as emoções de verdade… Reality show puro. Louco pra ver pronto. Foi muito natural. Ninguém ficou fazendo uma onda. Foi competição, loucura, corre-corre. Com certeza toparia uma segunda temporada. Foi a coisa mais divertida que fiz na minha carreira. Parece clichê, mas você não sente que está trabalhando. Foi estressante também… Competir com chefs desse calibre. Desafiador! A gente tenta não se envolver, se apega às pessoas. Quer que eles cresçam.”

Claude: “um puto meio amoroso”

“Me saí muito bem porque ganhei a prova”, soltou Claude pra gente, sem querer. “Foi competição, sim, mas saudável. Os outros reality shows de cozinha são bons, mas representam o lado ruim da nossa profissão, lado pesado, de briga, palavrão. O André é aquela pessoa engraçada, louca e sentimental também, mas, na loucura dele, faz uma cozinha totalmente diferente da minha. Felipe já é sério, técnico, competitivo, com uma cozinha muito mais moderna. E eu, o mais velho, com essa coisa franco-brasileira e esse lado muito sentimental. Choro em quase todos os programas. A gente se dava uma sacaneadinha, mas era de uma maneira simpática, engraçada. É aquela fisgada de amigo, pra levar na esportiva. Não é pra ficar puto. Fica puto, sim, mas um puto meio amoroso. Na hora de escolher meu time, tentei usar minha sensibilidade para achar em cada prato o que tinha sido feito com amor, com coração. Obviamente, às vezes achei, às vezes não.” Faria uma segunda temporada? “Claro, eu amei. Antes de aceitar, fiquei um pouco nervoso. Essa coisa de competição não é muito a minha praia… Precisei de um tempo pra organizar isso na minha cabeça, mas foi uma delícia. Eles foram muito gênios. Quero fazer de novo. Sinto saudade. É como se a gente tivesse passado três semanas de férias no estúdio. Momentos de choro, de emoção, de riso, de tudo. E cozinhando, ensinando… Foi muito bom!”

André: “Tenho muito pouco ego, mas muito orgulho”

“Minha expectativa é gigantesca. Estou curioso mais do que eu estive em toda a minha vida, mas não quis assistir antes. Quero ver na TV. Estou desesperado. Sei que vai ser fo**, mas queria ver com que cara que eu fiquei na televisão. O Felipe? É um bilhão de vezes mais competitivo. Leva tão a sério que é divertido zoar com ele. Assim: é óbvio que eu levo a sério, é a minha profissão. Vou fazer o melhor possível. Mas quer queira quer não estamos lá para fazer boa televisão. E chega um momento… Não me levo tão a sério. O Felipe, sim. Então quando eu percebia que ele estava mais tenso e nervoso, era nessa hora que eu pegava no pé dele. Sabia que ele ia se desesperar. Ele ficou bravo umas duas ou três vezes. Mas depois eu ia lá e pedia desculpas, aí ficava tudo bem. Não sou blasé, não. É que não preciso contar pra ninguém que sou competitivo: ou então o cara percebe e vai vir tirar sarro de mim. Em certos momentos, eu sabia segurar a minha onda. Mas tem 21 anos que eu cozinho. Preciso mostrar que eu sei o que estou fazendo. Tenho muito pouco ego, mas tenho muito orgulho do que faço. Quero que as pessoas vejam o quanto amo minha profissão. O legal é que você vai sacando as estratégias dos participantes e dos mentores. Eu pensava: ‘Deixa eu ver se consigo reconhecer se é do meu time o prato e aí não vou eliminar’. Só que você prova e diz: ‘Meu, esse cara não podia estar aqui. Isso é uma porcaria. Não é de comer!’ Passa o próximo bloco e você descobre que é o cara que você mais gosta no seu time. O que fazer? A gente teve uma dificuldade muito grande… Como julgar só uma colherada? Mas é ‘The Taste’, o gosto, analisar pelo sabor da comida. E aí as coisas ficaram mais claras. Queria pessoas que arriscassem.”

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