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Cori, Calvin Klein, Dolce&Gabbana, Do Estilista, Prada, Priscilla Dalrot, Rick Owens, Yohji Yamamoto e Maison Margiela
– São Paulo – A palavra que define as coleções do inverno 09 é estrutura.
Já estamos próximos do final da temporada, Paris termina na sexta, e até agora
saem os looks disformes e desencanados e entram as roupas sem frufrus, sérias.
Coisa de alfaiate. A silhueta é definida, o corte preciso. O blazer substitui os
topzinhos molengos e é a principal opção aos cardiganzinhos. O novo minimalismo
é realidade. Deixa de lado as festas, o hippie, o globalizado, o romântico e
volta para o dia-a-dia, para o trabalho. É masculino, mas não é power suit. Suzy
Menkes: “Não é a ‘power woman’ dos anos 80 (que surge das passarelas) se
jogando em tudo sem medo, mas uma mulher forte e confidente”.


Não há tempo para excessos. A sobriedade domina. Muito preto. A calça é curta
e larga. A proporção – na, ou logo acima da, canela – é
esquisita.  


Dentro do mesmo tema, cada estilista interpretou no seu tom. Em alguns
casos, o inverno 2009 é fúnebre, um “enterro siciliano”, se você pegar como
exemplo a coleção da Prada. É mais street, se o desfile em questão for o de Rick
Owens. Para a Maison Martin Margiela, o tom é over the edge. Na Jil Sander a
tendência vira power/blase. E, dentro dos limites da tendência da temporada, é
suave e sexy no trabalho de Francisco Costa para Calvin Klein. O futuro pesponta
tudo – e todas as peças parecem ser feitas por robôs. Os ombros são pontudos. Os
tecidos, jóias.


Até agora, estas são as minhas coleções favoritas. Ainda não vi Balenciaga
nem Lanvin.


Faltou celebridade no Oscar


A festa realmente está bem mais morna não só nas passarelas. Nem vou comentar
a opção careta e envergonhada da Academia de premiar, não “Desejo e Reparação”,
mas sim “Elizabeth”, como melhor figurino. Considero que foi um prêmio a
Alexandra Byrne pelo primeiro “Elizabeth” – na ocasião ela foi indicada e
injustamente não levou. O primeiro é melhor que o segundo. O Oscar tentou
consertar um erro e cometeu outro. De qualquer maneira, o vestido mais
importante do ano e o mais lindo é o de Keira Knightley, que nem apareceu na
premiação deste ano. O tapete vermelho rolou totalmente desfalcado de
celebridades. Na ala masculina, George Clooney (com seu cabelo impecável tipo
Clark Gable) e Javier Bardem (que faz o estilo mais sujinho) seguraram o
glamour. A ala feminina foi muito prejudicada pela falta de stars. Se destacaram
na atitude Tilda Swinton, com seu Lanvin de seda aveludada, Diablo Cody de
oncinha Dior e a francesa Marion Cotillard com escama de peixe Gaultier. O pior
erro vai para Heidi Klum com a golona de bruxa e brincos gigantes. Ficou velha e
pesada.


Para assistir vídeos da cobertura do Oscar pelo Filme Fashion entre aqui. No mesmo link, na
quinta-feira, 28 de fevereiro, às 18h, comentaristas e eu vamos nos
reunir para ver as fotos do Oscar nas revistas de fofoca da semana. Estaremos ao
vivo, online, no filmefashion. E você também pode dar sua opinião. Me
escreve.


Tudo é blazer. Nas fotos abaixo, seleção de fotos nacionais e inter. Beijos,
Alexandra
alexandra@filmefashion.com.br

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