Com a Lua Minguante entrando às 9h56, em Câncer, a luz da Lua começa a esmorecer e sua força gravitacional sobre a Terra é menor. Consequentemente, há menos água no organismo e no planeta. O momento é propício para o recolhimento, a interiorização e a avaliação de todo o ciclo. Os resultados alcançados devem ser revistos e avaliados. É uma energia de síntese. As possibilidades ficaram claras na Lua Cheia. O que não aconteceu até agora, não acontece mais. Devemos nos adaptar às energias que prevaleceram. É tempo de conciliar e de terminar o que foi começado para não iniciar um novo ciclo com pendências. Não é aconselhável nenhuma resistência e nenhum desgaste para que as situações possam ser retomadas no próximo ciclo. Em compensação, conflitos e crises perdem igualmente a força e o impacto sobre nós. Temos mais facilidade de largar as coisas porque estamos mais desapegados, menos emocionais e menos afetáveis pelo externo. A questão aqui é se estamos satisfeitos com os resultados. Se não estamos, temos que nos adaptar à realidade ou planejar novas investidas, que só devem ter lugar após a Lua Nova. (editado do Livro da Lua 2007, Márcia Mattos, Editora Novo Século)
As pessoas não têm o hábito de se interiorizar, refletir, avaliar. Introspecção e auto-análise são fundamentais aqui, mas podem gerar frustração ou decepção. Por isso, nosso espírito eternamente sedento pelo prazer e a satisfação, resiste. No entanto, os relacionamentos e questões mais íntimas encontram eco nesse momento e os parceiros precisam de ajuda, continência e conforto um do outro.
Nesta fase minguante, temos ainda um outro desafio que é o de avaliar as ocorrências coletivas das últimas semanas. É preciso se conscientizar de que o mundo sofreu fortes mudanças, que terão enormes efeitos em nossa vida em sociedade. É preciso perceber que a realidade é uma só e que se fazemos parte dela, a crise vai nos afetar sim. Aliás, já estávamos nela, porém de olhos vendados. Agora não dá mais para fingir que não estamos vendo. Será preciso se posicionar, fazer escolhas, mudar o estilo de vida e para isso, mudar a concepção que temos sobre a vida, nossos valores, ideais e idéias. Temos que nos conscientizar de que o todo deve prevalecer sobre as partes. É por falta dessa consciência que estamos vivenciando essa crise monumental. Quando uma parte fica doente, o todo está doente. É preciso se responsabilizar pela parte que nos cabe e talvez assumir mais alguma atribuição no plano social para cooperar com o todo. E já nesse próximo fim de semana, teremos o primeiro desafio e a primeira escolha. Vamos exercer a nossa cidadania com consciência e responsabilidade?
Boa escolha e boa semana!